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deco recebeu mais 59,1% de pedidos de ajuda que em 2010

quase 22 mil famílias (21.832) pediram ajuda à associação portuguesa para a defesa dos consumidores (deco) este ano, mais 59,1% face a 2010, altura em que foram feitos 13.716 pedidos de ajuda. segundo o público, a deco receia que o número continue a subir nos próximos anos, devido ao aumento do desemprego, à subida do custo de vida e à introdução das medidas de austeridade anunciadas pelo governo

de acordo com o público, do total das 21.832 famílias que entre janeiro e novembro contactaram o gabinete de apoio ao sobreendividamento (gas), criado pela deco para ajudar a diminuir a exposição ao crédito e a reequilibrar as finanças pessoais, apenas uma parte está a receber apoio efectivo. isto porque a associação só trata casos em que a situação de sobreendividamento não é causada pelo próprio, mas sim por situações imprevistas, como o desemprego ou a doença. o mesmo acontece quando os pedidos de ajuda são feitos quando “o processo já está muito avançado e em tribunal”, não havendo “possibilidade de recuperação”, explicou a coordenadora do gas, natália nunes

ao todo, apenas 4008 famílias reuniram condições para receber ajuda, mais 50,8% que em 2010, ano em que apenas receberam auxílio 2.657 agregados. dados do gas concluem que lisboa é a região mais afectada do país, representando 38,3% do total de 4.008 processos abertos este ano. Seguem-se o norte (30,1%) e o algarve (9,5%)

sublinhe-se ainda que a maioria das famílias em dificuldades tem entre um e sete créditos, sendo que existe uma franja de 11,8% que acumula entre oito e dez empréstimos por pagar. uma situação que tende a piorar, segundo natália nunes. "o próximo ano vai ser muito mais complicado. o desemprego, os cortes salariais e dos subsídios e o aumento do iva vão deixar muitas famílias em risco”, referiu a coordenadora do gas

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