Fazendo uso da Constituição para forçar a coligação PSD-CDS, eleita por minoria, a levar um programa de Governo ao Parlamento, o Presidente da República ganhou tempo. Agora, e depois da moção de rejeição aprovada ontem à equipa de Passos Coelho e do acordo da esquerda, Cavaco Silva volta a estar no centro do jogo. O que vai acontecer a seguir?
O futuro está ainda em aberto e há vários cenários em cima da mesa, sendo que a tomada de posse de um governo PS é o mais provável, segundo os analistas e politólogos citados pela TSF.
Outra hipótese, de acordo com a rádio, será a manutenção do atual governo com funções de gestão, até que o novo Presidente, a ser eleito no início do ano, possa decidir sem limitações o que fazer.
Mas há ainda uma outra alternativa: propor à Assembleia da República um governo de iniciativa presidencial, sendo que os partidos da esquerda, nos acordos assinados esta terça-feira, rejeitaram esta opção logo à partida.
Antes de assumir qualquer destas decisões, o Presidente da República que hoje arranca com uma ronda de contatos, pode ainda avançar para uma fase de consultas aos partidos e a outras personalidades e instituições, sem ter que responder a prazos legais para tomar decisões.
Esta tarde, às 15h45, o Presidente da República recebe primeiro o Presidente da Assembleia, Ferro Rodrigues, que lhe vai transmitir o resultados da votação à moção de rejeição aprovada esta terça-feira com os votos da esquerda e as consequências formais que terá, diz ainda a TSF.
Às 16:30, será a vez do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Uma reunião que é apresentada como uma antecipação do encontro semanal entre Presidente e primeiro-ministro.
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