Pedro Rutkowski, CEO da Worx, destaca o interesse dos investidores por ativos como residências seniores ou de estudantes.
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Residências de estudantes e seniores em Portugal
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“Incerteza” e “esperar para ver”. Este é o sentimento partilhado por vários players do setor imobiliário em Portugal, estando o país a lidar com os desafios causados pelo contexto económico-financeiro que se faz sentir, com elevadas taxas de juro para atenuar a alta inflação. Para Pedro Rutkowski, CEO da Worx, o momento é desafiante e o contexto é de incerteza, mas há “oportunidades a surgir”, nomeadamente “em setores alternativos, como os de healthcare e living, que incluem ativos como residências seniores ou residências de estudantes”. 

“São segmentos que evidenciam uma progressiva tendência de consolidação no mercado nacional e que se apresentam com um evidente potencial de crescimento, já que associados a ativos com contratos de maturidades longas e uma estável rentabilidade”, sustenta o responsável, em comunicado.

Segundo Pedro Rutkowski, “apesar do momento desafiante” que o país atravessa, e que é “transversal a todos os mercados europeus”, será possível “assistir ao início de um novo ciclo no futuro próximo, indiciado pela descida da inflação e a pausa no incremento das taxas de juro”.

"Neste contexto de incerteza, os valores record do setor hoteleiro em Portugal, que regista um volume de investimento superior ao período homólogo, confirmam a respetiva resiliência e atratividade (...)."
Pedro Rutkowski, CEO da Worx

“Neste contexto de incerteza, os valores record do setor hoteleiro em Portugal, que regista um volume de investimento superior ao período homólogo, confirmam a respetiva resiliência e atratividade. No mercado de escritórios, a falta de oferta deverá promover o aumento das rendas nas zonas prime contribuindo para a atratividade deste segmento”, acrescenta.

Investimento em imobiliário comercial recua

Na mesma nota, a consultora revela algumas das conclusões dos relatórios Outlook T3 2023, sobre o mercado de envestimento em imobiliário comercial em Portugal e sobre o mercado de escritórios em Lisboa, com uma análise detalhada do terceiro trimestre de 2023.

Estas são, segundo a Worx, as principais conclusões e tendências que deverão marcar o imobiliário comercial nos próximos tempos:

  • A economia portuguesa deverá crescer acima da média da Zona Euro nos próximos três anos, com 2,1% em 2023, de acordo com as projeções do Banco de Portugal. Os principais riscos para a atividade incluem o impacto da normalização da política monetária, o aumento das fricções nos mercados financeiros e a escalada do conflito na Ucrânia;  
  • Até ao terceiro trimestre de 2023 investiram-se 991 milhões de euros em imobiliário comercial, destacando-se o portfólio dos Hotéis Dom Pedro no valor de 250 milhões de euros. A abordagem apontada de “esperar para ver” foi confirmada pelos investidores, com impacto no volume de investimento esperado para o final do ano que deverá ficar abaixo do volume registado em 2022;
  • Até setembro de 2023, foram ocupados 72.133,00 metros quadrados (m2) de escritórios na Grande Lisboa, refletindo uma quebra na ordem dos 70% relativamente ao período homologo. O setor deverá registar no final do ano um volume de absorção inferior ao do ano anterior. Ainda assim, continua a ser uma classe de ativos atrativa para os investidores pela segurança dos contratos e estabilidade do rendimento.

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