Em outubro, estavam registados 351.667 desempregados, o equivalente a 66,1% de um total de 532.053 pedidos de emprego.
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Setor das atividades imobiliárias tem ofertas de emprego por satisfazer
GTRES

A mediação imobiliária foi um dos setores que melhor resposta conseguiu dar à pandemia da Covid-19, sendo que os dados mais recentes do Banco Central Europeu (BCE) apontam para que a procura de casa na Europa vá continuar intensa. O setor das atividades imobiliárias foi, no entanto, um dos que teve mais ofertas de emprego, em outubro, que ficaram por satisfazer. O mesmo acontece com o ramo da construção, que também dá sinais de estar resiliente. 

Esta é uma das conclusões a retirar da Informação Mensal do Mercado de Emprego, divulgada esta terça-feira (23 de novembro de 2021) pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

“No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 297.092 desempregados que, no final do mês em análise [outubro], estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Serviços de Emprego do Continente, 73% tinham trabalhado em atividades do setor dos ‘Serviços’, com destaque para as ‘Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio’ (que representam 30,2% do total)”, lê-se no documento.

Segundo o IEFP, dos referidos 297.092 desempregados inscritos como candidatos a novo emprego, 19,9% eram provenientes do sector “Secundário”, com particular relevo para a “Construção”, com um peso relativo de 6,1%.

Conclui ainda o IEFP que “as atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas” em outubro (dados do Continente) foram, por ordem decrescente, as seguintes: 

  • Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (15,8%);
  • Comércio a grosso e a retalho (14,4%);
  • Alojamento, restauração e similares (13,1%).

Imobiliário dá sinais de resiliência
Foto de energepic.com no Pexels

Quase 24 mil vagas de emprego por preencher

Os números divulgados pelo IEFP mostram que o número de ofertas de emprego registadas nos centros públicos que estão por satisfazer – que ninguém quer ou para os quais não há perfis adequados – atingiu quase 24 mil vagas no final de outubro, uma tendência que se verifica desde junho. “As ofertas de emprego por satisfazer, no final de outubro de 2021, totalizavam 23.606, nos Serviços de Emprego de todo o país. Este número corresponde a um aumento anual (+8.312; +54,3%) e a um decréscimo face ao mês anterior (-194; -0,8%) das ofertas em ficheiro”. 

Trata-se, de resto, de um dos valores mais elevados de sempre, sendo que as séries oficiais remontam a 1977 – o recorde histórico foi atingido em meados de 2017, quando chegou a haver 24,6 mil empregos por satisfazer.

Há menos desempregados inscritos

O IEFP, que é tutelado pelo Ministério do Trabalho, liderado por Ana Mendes Godinho, revela ainda que, no final de outubro, estavam registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas 351.667 indivíduos desempregados, um número que representa 66,1% de um total de 532.053 pedidos de emprego.

“O total de desempregados registados no país foi inferior ao verificado no mesmo mês de 2020 (-51.887; -12,9%) e, no mesmo sentido, face ao mês anterior (-7 481; -2,1%). Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2020, na variação absoluta, contribuíram, com destaque, os grupos dos indivíduos que estão inscritos há menos de um ano (-80.389), os indivíduos que procuram novo emprego (-52.039) e os com idade igual ou superior a 25 anos (-41.967)”, lê-se na Informação Mensal do Mercado de Emprego.

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