
Há 10 novos concursos lançados no âmbito do Fundo Revive Natureza que visa transformar antigos imóveis públicos em novas instalações turísticas. Em causa estão 12 estações ferroviárias situadas nos distritos de Viana do Castelo e Bragança que aguardam investidores em turismo. As candidaturas já estão abertas e poderão ser submetidas até 21 de setembro de 2022.
Depois de terem sido lançados 40 concursos neste âmbito, que geraram entre 120 e 140 postos de trabalho, a Turismo Fundos lançou mais 10 concursos esta terça-feira, atingindo assim a meia centena de concursos lançados que visam a reabilitação e exploração de antigos imóveis públicos para fins turísticos.
Estes novos concursos integram 12 antigas estações ferroviárias que serão objeto de requalificação e valorização, promovendo o desenvolvimento regional e local, através de novas utilizações para fins turísticos. Os imóveis ficam sujeitos a várias regras de utilização e de gestão em rede, como o uso da marca Revive Natureza, o consumo de produtos locais, a sustentabilidade ambiental e a valorização do território.
Estas são as 12 antigas estações ferroviárias em concurso para atribuição de direitos de exploração turística sobre imóveis do domínio público ferroviário:
- Estação de Ganfei, no concelho de Valença,
- Estação da Senhora da Cabeça, em Monção;
- Estação de Freixo de Espada à Cinta, no concelho com o mesmo nome;
- Estação de Bruçó, concelho de Mogadouro;
- Estação de Vilar do Rei, em Mogadouro;
- Estação de Variz, em Mogadouro;
- Estação de Mogadouro, no concelho com o mesmo nome;
- Estação de Urrós, em Mogadouro;
- Estação de Moncorvo, no concelho de Torre de Moncorvo.
- Estação de Carvalhal, em Torre de Moncorvo.
- Estação de Felgar, em Torre de Moncorvo.
- Estação de Fonte do Prato, em Torre de Moncorvo.
De acordo com o site do Revive Natureza, as antigas estações ferroviárias de Felgar e da Fonte do Prado, no concelho de Torre de Moncorvo, distrito de Bragança, estão a concurso juntas, assim como as estações de Ganfei e da Senhora da Cabeça, ambas situadas no distritos de Viana do Castelo.

Investimento realizado “depende das características” dos equipamentos
Durante a apresentação da segunda fase dos concursos para atribuição dos direitos de exploração sobre imóveis do domínio público ferroviário, em Valença, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, não apontou o montante do investimento realizado naquelas concessões por “depender das características” dos equipamentos, desde antigas casas florestais, estações ferroviárias e postos fiscais.
“São empreendimentos turísticos de maior ou menor dimensão, cujo investimento na sua regeneração depende das características dos imóveis, que são transformados em espaços de restauração, animação turística, criando novas dinâmicas turísticas no território”, afirmou, em declarações aos jornalistas junto à antiga estação ferroviária de Ganfei, em Valença, no distrito de Viana do Castelo, um dos imóveis incluídos na segunda fase dos concursos.

Rita Marques destacou a importância do “modelo de concessão do Turismo de fundos” por visar “a requalificação de imóveis devolutos, sem utilização económica, criando uma nova ponte para a regeneração dos territórios, envolvendo os privados na exploração económica desses espaços”.
Para a governante, o fundo Revive Natureza “é um dos muitos bons exemplos de como se pode contribuir para a regeneração do território, utilizando equipamentos devolutos, recuperando esse património, com o envolvimento dos parceiros privados e contribuindo para a coesão territorial”.
“É um programa que abrange a regeneração urbana, a criação de postos de trabalhos e de riqueza nos territórios”, referiu, acrescentando que “o privado tem a responsabilidade de regenerar os equipamentos para os abrir às comunidades”.
*Com Lusa
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