Foi a maior subida de preços registada desde 2010. Mas foi menos intensa que o aumento dos preços das casas (9,4%), revela o INE.
Comentários: 0
Comprar imóveis comerciais
Pexels

Os imóveis comerciais em Portugal estão mais caros. É o que dizem os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados esta quinta-feira, dia 26 de maio de 2022. O preço das propriedades comerciais aumentou 5,1% em 2021, mais 2,3 pontos percentuais (p.p.) face à taxa observada em 2020. Esta é mesmo a maior subida registada desde 2010, mas não chegou para superar o ritmo de subida dos preços das casas em Portugal, que atingiu os 9,4% no ano passado.

“Em 2021, as propriedades comerciais, à semelhança das habitações, continuaram a evidenciar um crescimento dos preços de transação”, destaca o INE na sua nota de imprensa. O Índice de Preços das Propriedades Comerciais (IPPCom) aumentou 5,1%, o que representa uma subida de 2,3 p.p. relativamente à taxa observada em 2020. “Trata-se da taxa de variação mais elevada registada desde 2010, tendo interrompido um período de dois anos consecutivos de desaceleração dos preços”, explicam ainda.

À semelhança do que tem vindo a registar-se desde 2016, o crescimento dos preços das propriedades comerciais foi menos intenso que o observado nas habitações. O comportamento do mercado de imóveis residenciais é refletido pelo Índice de Preços da Habitação (IPHab) que apresentou um crescimento dos preços de 9,4% em 2021.

Este valor é bem acima do registado para os preços dos imóveis comerciais. Ainda assim o gabinete de estatística português destaca que “as taxas de crescimento dos dois indicadores registaram o menor diferencial desde 2015, 4,3 p.p., menos 1,7 p.p. face a 2020”.

Compra de casas por empresas representou 14% do total de transações

No que diz respeito à aquisição de casas por outros setores institucionais, sobretudo pelas empresas, o INE conclui que estes negócios “têm algum significado no mercado”.

“Efetivamente, em 2021, as aquisições de habitação por parte de outros setores excluindo famílias totalizaram quase 24 mil transações, correspondentes a pouco mais de 4 mil milhões de euros”, destaca ainda. E este valor representa cerca de 14% do total das habitações transacionadas em número e em valor.

Desde o primeiro trimestre de 2020, o crescimento dos preços das habitações adquiridas pelas empresas foi inferior ao apurado para os preços das casas, aproximando-se assim da dinâmica dos preços dos imóveis comerciais, conclui o INE. “As diferenças mais relevantes verificaram-se nos segundo e terceiro trimestres de 2020 e no primeiro trimestre de 2021, período em que a pandemia da Covid-19 condicionou fortemente a atividade do mercado imobiliário”, explicam.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta