Processo não afeta as filiais da empresa fora dos EUA e do Canadá, revelou o gigante norte-americano dos escritórios partilhados.
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WeWork declara falência nos EUA e Canadá
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Lusa
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O gigante norte-americano dos escritórios partilhados WeWork, em sérias dificuldades há vários anos, anunciou esta segunda-feira (6 de novembro de 2023) que vai declarar falência para negociar com os credores uma redução "significativa" da dívida – rondará os 18.600 milhões de dólares (17.325 milhões de euros) – e reestruturar as atividades.

O processo não afeta as filiais fora dos EUA e do Canadá, acrescentou o grupo, em comunicado, afirmando que as "operações globais vão continuar como habitualmente".

No início de agosto, a WeWork avisou a entidade reguladora da bolsa norte-americana que temia pela sobrevivência: "Há dúvidas substanciais sobre a capacidade da empresa para continuar em atividade", afirmou então.

Diminuição de inquilinos entre as causas da falência

Segundo a empresa, as causas são as perdas financeiras, as necessidades de liquidez e a diminuição do número de inquilinos. A empresa explicou que tinha perdido milhares de milhões de dólares nos primeiros seis meses de 2023, devido a uma queda da procura ligada às más condições económicas.

A 1 de novembro, a agência de notação financeira Standard and Poor's anunciou que tinha baixado a notação do grupo para "incumprimento parcial", depois de a WeWork ter comunicado problemas com o pagamento dos juros da dívida.

Outrora uma startup de referência, a WeWork angariou milhares de milhões de dólares do grupo japonês SoftBank. Mas a gestão controversa do fundador, Adam Neumann, preocupou os investidores, que acabaram por o destituir em 2019.

Depois, a pandemia da Covid-19 esvaziou os escritórios e a empresa não conseguiu recuperar, uma vez que a procura de instalações comerciais caiu a pique com o aumento do teletrabalho.

O grupo chegou a ser avaliado em 47 mil milhões de dólares (43,8 mil milhões de euros).

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