Entre janeiro e novembro de 2024, os mercados de escritórios em Lisboa e no Porto “registaram desempenhos excecionais”, revela em comunicado a consultora imobiliária Savills, salientando que o volume de ocupação de espaços acelerou face ao período homólogo, tendo-se registado “crescimentos recorde” e atingido “novos máximos”.
“Em Lisboa, a ocupação total durante este período foi de 193,188 metros quadrados (m2), o segundo valor mais alto já registado no intervalo analisado, superado apenas por 2022. No caso do Porto, o volume de ocupação ultrapassou os 65.000 m2, marcando o melhor desempenho de sempre”, refere a Savills.
No caso da capital, a área ocupada até novembro apresentou um crescimento de 120% face ao mesmo período de 2023 e ficou 25% acima da média dos últimos cinco anos, tendo sido realizadas 155 operações, mais 16% face ao ano anterior.
“Entre as localizações com maior absorção de área, o Parque das Nações destacou-se com 36% do volume total, distribuído por 42 operações. Seguiram-se a Nova Zona de Escritórios, que representou 23% do volume (21 operações), e o CBD, com 15% (31 operações)”, adianta a consultora.
"O mercado de escritórios de Lisboa destaca-se como um dos mais competitivos no contexto europeu, fazendo com que cada vez mais e maiores empresas internacionais optem pela capital portuguesa. (...) Antecipamos um 2025 muito promissor, com operações significativas"
Frederico Leitão de Sousa, Head of Offices da Savills Portugal
Para Frederico Leitão de Sousa, Head of Offices da Savills Portugal, foram batidos “novos recordes de take-up, o que sublinha o grande potencial de Lisboa” e a atratividade da cidade “como um mercado 'key-player' na Europa”.
“O mercado de escritórios de Lisboa destaca-se como um dos mais competitivos no contexto europeu, fazendo com que cada vez mais e maiores empresas internacionais optem pela capital portuguesa. Além disso, a entrada de novos projetos de escritórios que cumprem os mais altos padrões de exigência dos AAA Teanants tem reforçado a atratividade e resiliência do nosso mercado. Contamos com mais de 20 projetos em pipeline, que somarão cerca de 245.000 m2 até 2026, sendo que mais de 40% estão já pré-arrendados, o que evidencia a falta de escritórios de qualidade disponíveis. Antecipamos um 2025 muito promissor, com operações significativas”, acrescenta.
Escritórios ao rubro no Porto
Na cidade Invicta, foram alcançados “resultados históricos” nos primeiros 11 meses do ano, com um volume de absorção superior a 65.000 m2. Um valor que “representa o melhor desempenho de sempre e reflete um crescimento de 49% face à média do volume de absorção dos últimos cinco anos”, tendo sido concluídos, no período em análise, 66 negócios, mais 8% que nos mesmo 11 meses do ano passado.
“A maior parte da absorção ocorreu na zona ‘Out of Town’, responsável por 35% do volume total, com a zona de Matosinhos a contabilizar 51% da ABL total ocupada no eixo Out of Town. O CBD Boavista teve um desempenho semelhante, também com 35% do volume, mas distribuído por 27 operações. Já o CBD Baixa contribuiu com 16%, através de 9 operações”, conclui a Savills.
"Os resultados destacam o dinamismo da cidade do Porto e o seu crescente potencial como destino de negócios. A conclusão de cinco novos projetos até ao final do ano, somando 25.500 m2, reforçará ainda mais a capacidade do mercado, oferecendo espaços modernos e sustentáveis"
Graça Ribeiro da Cunha, consultora de escritórios da Savills Portugal
Citada no documento, Graça Ribeiro da Cunha, consultora de escritórios da Savills Portugal, antecipa que “2024 promete estabelecer um novo recorde, com a ocupação total a superar os 70.000 m2”.
“Estes resultados destacam o dinamismo da cidade e o seu crescente potencial como destino de negócios. A conclusão de cinco novos projetos até ao final do ano, somando 25.500 m2, reforçará ainda mais a capacidade do mercado, oferecendo espaços modernos e sustentáveis. (…) Importa destacar que mais de 70% desta nova área já está pré-arrendada, evidenciando a confiança dos investidores e a forte procura por espaços de qualidade. Este é um reflexo claro da confiança que o mercado portuense continua a gerar, consolidando a cidade como um polo estratégico e competitivo”, remata.
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