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a "troika", composta por equipas técnicas do fundo monetário internacional (fmi), do banco central europeu (bce) e da comissão europeia (ce), continua a negociar o programa de auxílio a portugal, que deverá ser conhecido nas próximas semanas. muito se tem especulado em torno das medidas de austeridade que envolvem o pacote de ajuda a portugal, sendo que, seguramente, muita coisa vai mudar na vida dos portugueses. na sua edição de hoje, o jornal de negócios (jdn) avança com dez possíveis medidas que o país vai ter de assumir como contrapartida pelo empréstimo que vai receber, que deverá rondar os 80 mil milhões de euros

de acordo com o jdn, a primeira das medidas a ter em conta é a subida dos impostos e o corte nas deduções fiscais, com o cenário de aumento do iva a ser uma possibilidade forte. o corte nas pensões é outra das medidas, com o jornal a adiantar que o mesmo pode chegar até aos 10% em pensões superiores a 1.500 euros

outra consequência da entrada do fmi em portugal é a agilização dos despedimentos, que serão facilitados, podendo vir a ser revista a "definição do despedimento por justa causa". a quarta medida avançada pelo jdn visa os desempregados, cujo subsídio poderá vir a ser reduzido em duração e valor. os salários, por seu turno, também poderão estar sujeitos a reduções, o que poderá "roubar" poder de compra aos portugueses

a sexta medida avançada pelo diário diz respeito ao sector imobiliário, sendo que deverá assistir-se a uma reforma do mercado de arrendamento, nomeadamente através da flexibilização dos mecanismos de despejo nos casos de inquilinos devedores

quem também irá sentir na pele os efeitos da austeridade são os funcionários públicos, visto que pode haver uma redução do número de funcionários. relativamente às privatizações, o jdn adianta que haverá maior concorrência empresarial no país, com a ce a querer impor um "ambicioso" programa de privatizações

a penúltima medida de austeridade avançada pelo diário remete para a intervenção do estado no sector da energia. escreve o jdn que "as tarifas reguladas de electricidade continuam a ser um entrave para que novos operadores possam ter ofertas com preços competitivos". por fim, paira no ar a possibilidade de os transportes ficarem mais caros nos próximos tempos, sendo que "os preços actuais serão insustentáveis para as empresas se o estado mantiver o nível de compensações que tem praticado", aponta o jornal

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3 Comentários:

7 Maio 2011, 8:27

aonde vou roubar,visto que vamos estar todos tesos,so roubando posso pagar que vem ai

9 Maio 2011, 10:07

`QUE ESTRANHO! NÃO VI NADA ESCRITO SOBRE CORTES QUE ATINJAM OS ADMINISTRADORES(QUE SE MULTIPLICAM NÃO SEI POR QUE FÓRMULA) DAS PARCERIAS PUBLICO PRIVADAS! cONTINUAM A TER ORDENADOS CHORUDOS, CARTÃO DE CRÉDITO, AJUDAS DES CUSTO, GASTOS COM INDUMENTÁRIA, CARROS.... PERANTE ISTO... CLARO É IMPRETERÍVEL AUMENTAR IMPOSTOS, AUMENTAR OS TRANSPORTES, REDUZIR SALÁRIOS...

30 Junho 2011, 13:19

In reply to by anónimo (not verified)

Ainda falta:
Acabar com acumulações de ordenados (2.º e 3.º tacho acréscimo de 30%?Sim);
congelamento das rendas antigas, actualização renda implica aumento de IMI;
justiça mais celere à caça dos milhões e não à caça de multas por via de tribunal;
atribuir responsabilidades do despesismo sem medida;
acabar com sigilo bançário para a justiça apanhar os ladrões dos milhões;
não reduzir ordenados o q implica maior desemprego- peq comerciantes, hotéis, viagens etc.
Acabar com os ordenados escandalosos dos privados desviando parte para pagar a crise

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