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rendas sofrem um dos maiores aumentos dos últimos anos

as rendas mais recentes – posteriores a 1967 – devem aumentar 3,19% no próximo ano enquanto as mais antigas – anteriores a 1967 – aumentarão 4,79%, segundo dados do instituto nacional de estatística (ine), que tem por base o valor anual da inflação. trata-se de um dos maiores aumentos dos últimos cinco anos. uma notícia, de resto, que não agrada à associação de inquilinos lisbonense (ail). os inquilinos defendem que o governo e o parlamento deviam decretar uma excepção este ano, tendo em conta a situação económica do país

de acordo com o jornal público, o novo regime de arrendamento urbano (nrau) define que a actualização do valor das rendas é calculada tendo por base o valor da inflação nos 12 meses terminados em agosto, sem contar os preços relativos à habitação. a lei estipula que as rendas podem ser actualizadas um ano após o início do contrato, e as seguintes um ano depois da actualização prévia, tendo o senhorio de comunicar por escrito ao inquilino essa alteração, com aviso prévio de 30 dias

sublinhe-se que entre 2009 e 2010 as rendas estiveram congeladas porque a taxa de variação média anual dos preços 12 meses anteriores a agosto de 2009 foi de 0%. para 2011, o valor dos aumentos foi fixado em 0,3%

entretanto, a ail considera que o aumento das rendas para o próximo ano é injusto, sobretudo "tendo em toda a situação económica" em que se encontra o país. "tendo em conta os aumentos em tudo, desde os transportes ao gás, passando pela electricidade e os combustíveis, o congelamento dos salários e das pensões, não só este ano mas nos próximos, e até o corte no próximo subsídio de natal, achamos que não é justo este aumento", disse romão lavadinho, presidente da associação, citado pelo público

o responsável adiantou, no entanto, que o aumento de 3,19% "é o normal e está de acordo com a lei", mas salientou que o governo e a assembleia da república "deveriam decretar no sentido de não haver aumentos este ano". "só os proprietários e todos os que têm casas para arrendar vão beneficiar destes aumentos”, referiu

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