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Bruxelas quer que Portugal olhe de forma mais séria para o arrendamento e cobre mais impostos
GTRES

A Comissão Europeia considera que o Governo tem de olhar de forma mais séria para o mercado do arrendamento urbano, no qual a economia paralela é “preocupante”, para conseguir cobrar mais impostos no âmbito dos planos de combate à fraude e evasão fiscais. 

De acordo com o Dinheiro Vivo, que se apoia nos dados que constam no primeiro relatório da Comissão Europeia do pós-troika, “é uma prioridade de topo existir uma forte implementação de ações anti-fraude”. Entre elas está a implementação de “medidas contra a fraude no mercado de arrendamento, onde a proporção de economia clandestina motiva particular preocupação”. Bruxelas alerta, no entanto, que estas medidas precisam “de uma especificação mais clara”.

A entidade recorda que o Governo “anunciou ter a intenção de aumentar os esforços de luta contra a evasão fiscal no mercado de arrendamento”, mas que ainda “não conseguiu fornecer um estudo abrangente com vista a identificar a economia clandestina no mercado de arrendamento, algo que foi pedido durante o programa [de ajustamento da troika]”.

Outra das críticas apresentadas ao Executivo é relativa ao facto deste ter dado mais um ano de carência às pequenas empresas na atualização de rendas definida em 2012. “As alterações ao regime de arrendamento comercial alargaram o universo de empresas abrangidas pelo período de transição no caso das microempresas, que representam 95% das empresas em Portugal, e no caso das instituições não lucrativas que cubram áreas de interesse nacional”, refere a Comissão Europeia.

Para a entidade, as alterações aprovadas pelo Governo à lei do arrendamento urbanocolocam riscos à solidez e à eficácia do regime como um todo”. “O período de transição, já de si longo, foi estendido por mais um ano. A alteração também foi introduzida no regime legal de obras nos prédios para arrendamento, permitindo que os senhorios terminem o contrato apenas no caso de obras estruturais validadas pelos municípios”, esclarece a Comissão Europeia.

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