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A prorrogação do período transitório para as rendas antigas vai colocar em risco a solidez e eficácia do mercado imobiliário e desincentivar os proprietários de investirem na reabilitação urbana, como pretende o Governo. O aviso é dado pela Comissão Europeia no seu relatório da mais recente avaliação pós-programa de ajuda externa a Portugal.

A Comissão, segundo escreve o Jornal de Negócios, diz porém que não será possível ter uma noção dos impactos que as alterações à reforma poderão provocar, lembrando que o Executivo não dispõe ainda de um sistema que permita ter dados estatísticos concretos sobre os contratos antigos, nomeadamente sobre os que já foram ou não atualizados e sobre os que poderão beneficiar de prorrogações do período transitório. 

A prorrogação de cinco para dez anos do período transitório aplicado aos contratos antigos anteriores a 1990 e durante o qual as rendas não podem ultrapassar um quinzeavos (1/15) do valor patrimonial tributário dos imóveis faz parte das medidas em estudo no Parlamento, no âmbito da revisão das rendas. Além desta, consagra-se uma protecção contra o despejo, das chamadas lojas históricas.

O Negócios diz ainda que a evasão fiscal e o mercado paralelo no arrendamento urbano são outras duas grandes preocupações dos técnicos da Comissão, que voltam a bater na mesma tecla: há que conhecer e monitorizar o mercado, algo que, por agora, continua longe de acontecer.

Sobre o Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado, a Comissão Europeia defende que este pacote financeiro terá de "ser cuidadosamente monitorizado, para garantir que terá um impacto significativo".

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