Foi originalmente construído para albergar um jornal, o Diário de Notícias nos anos 1940, e será agora renovado e transformado em habitação. O 266 Liberdade trará à principal avenida de Lisboa 34 apartamentos de luxo e uma loja. Os preços começam nos 430.000 euros e o T5 do último piso, uma penthouse com 408 metros quadrados (m2) mais 416 m2 de área exterior, ainda não tem preço. Será uma das casas mais exclusivas – e caras – à venda na capital.
A promotora imobiliária Avenue, que está presente em Portugal desde janeiro de 2015, comprou o imóvel no final de 2016 e obteve o licenciamento necessário para avançar com as obras recentemente, cerca de ano e meio depois. “Foi um processo rigoroso”, contou Aniceto Viegas, diretor geral da empresa, durante a apresentação do projeto.
“Foi um grande desafio, mas também um grande privilégio. O prédio tinha sido bem mantido e estava bem preservado, sendo um imóvel de grande riqueza interior”, adiantou, dando como exemplo as obras de Almada Negreiros, que serão preservadas e que foram criadas especialmente para este espaço, como o “Grande Planisfério” ou as “Quatro Alegorias a Portugal e à Imprensa”.
As obras arrancam no terceiro trimestre do ano e devem durar cerca de 20 meses
Também preservadas serão as fachadas do edifício, a que dá para a Avenida da Liberdade e a das “traseiras”, na Rua Rodrigues Sampaio. As escadas, os corrimões com a sua cor original, as paredes revestidas a pedra, os corredores, o elevador da época e a porta rotativa de madeira da entrada pela Avenida da Liberdade serão igualmente mantidos.
Segundo Aniceto Viegas, as obras arrancam no terceiro trimestre do ano, “talvez em agosto”, e devem durar cerca de 20 meses. O nome da construtora responsável pelos trabalhos ainda não pôde ser revelado, sendo que o 266 Liberdade será renovado pela mão do gabinete de arquitetura Contacto Atlântico.
Quanto custarão os apartamentos?
Composto por cinco pisos, o edifício terá um espaço comercial com 1.300 m2 – poderá vir a ser uma loja de moda/roupa, referiu Aniceto Viegas – e 34 apartamentos: 11 T0, 10 T1, 8 T2, 4 T3 e um T5. As áreas variam entre os 47 m2 e os 408 m2, sendo que a comercialização do imóvel estará a cargo das imobiliárias Porta da Frente e JLL.
No que diz respeito aos preços de venda, começam nos 430.000 euros (T0) e terminam nos 1.720 milhões de euros (T3). Já os T1 e os T2 chegarão ao mercado por 560.000 euros e 1,1 milhões de euros, respetivamente.
O T5 é o ex-líbris do 266 Liberdade e ainda não tem preço definido. “É um imóvel especial, único”, pelas suas características e dimensões, e “terá um preço diferente, que ainda não sabemos qual será”, explicou Aniceto Viegas, confirmando que esta penthouse deverá ser “uma das casas mais caras à venda em Lisboa” e que só será colocada à venda no final do ano. Terá 408 m2, quatro suites, um terraço exterior de 416 m2 e outro interior.
De referir o edifício terá 47 lugares de estacionamento subterrâneo, sendo que os futuros proprietários dos T0 não terão direito aos mesmos.
Investimento de 45 milhões e há mais imóveis na calha
A Avenue investiu ao todo neste projeto 45 milhões de euros, tendo comprado o imóvel, no final de 2016, por cerca de 20 milhões de euros.
A promotora soma já oito projetos nas áreas residencial e de escritórios, em diferentes fases de desenvolvimento: o Liberdade 203, o Liberdade 40 e o Aliados 107, este no Porto, estão finalizados e em curso encontram-se, além do 266 Liberdade, o The Cordon, o Mulberry Hill e o Orpheu XI, todos em Lisboa. No segmento de escritórios a empresa tem o EXEO Office Campus, no Parque das Nações, cujas obram devem arrancar em setembro.
Nestes oito projetos, a empresa já investiu mais de 250 milhões de euros, sendo que para o triénio 2018-2020 está previsto um investimento adicional de 150 milhões de euros. Sem levantar o véu sobre os próximos empreendimentos, Aniceto Viegas revelou apenas que um será em Lisboa e outro no Porto e que ambos serão residenciais, prometendo novidades até final do ano.
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