
No espaço de uma década, a procura internacional por habitação no mercado português mais do que duplicou. Se em 2012, a presença da procura estrangeira não chegava aos 5% dos fogos vendidos, em 2020 esta quota terá atingido os 11%, segundo estimativas da consultora JLL, no estudo ‘Living Destination’. Mas, afinal, que nacionalidades têm mais peso na procura de casa em Portugal?
Em 2019, num cenário de pré-pandemia, segundo o estudo, os cidadãos da França (18%), Reino Unido (17%) e Brasil (8%) lideravam a procura de casa no país, seguidos pelos alemães e chineses. Em 2012, os ingleses e franceses já ocupavam o pódio – o Reino Unido com um peso de 23% e a França com 15% –, mas com a Alemanha a destacar-se na terceira posição (7%).
Além do mercado nacional na sua generalidade, a consultora analisou o peso dos compradores internacionais no mercado de Lisboa, Porto, e região do Algarve. Na capital, em 2019, China e Brasil lideravam a procura de casa no país, ambos com 17% - já a França aparecia em terceiro lugar, com 8%. Um cenário bem diferente de 2012, altura em que franceses e angolanos eram líderes na procura (ambos com 16%), seguidos pelo Brasil (11%).

No Porto, a procura de casa em 2019 foi liderada pelos franceses (24%), seguidos pelos investidores do Brasil (15%) e Suíça (10%). Em 2012, a França também ocupava o primeiro lugar do pódio, mas com um peso de 44%, o que significa que a procura por habitação por estes cidadãos nesta zona do país caiu para metade nos últimos 10 anos.
Em 2019, a procura francesa fez-se sentir igualmente no Algarve, com um peso de 28% - em 2012, eram os investidores do Reino Unido que tinham um maior peso na região, representando 37% da procura de habitação. Ainda assim, os ingleses aparecem no segundo lugar do pódio antes da pandemia, com um peso de 24%.
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