Casas do futuro são digitais, eficientes e produzem criptomoedas, diz Luís Felício do Grupo Move. Há projetos a nascer no norte.
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Casas do futuro em Portugal
Luís Felício, broker e owner do Grupo Move| Chalet Digital, Braga Grupo Move

O futuro das casas é digital. A quarta revolução industrial está aí e, hoje, a transição digital, a transição climática, os dados e a economia baseada no conhecimento são desafios centrais para o imobiliário. As casas do futuro são inteligentes, eficientes, produzem criptomoedas e poderão mesmo ser transacionadas unicamente em moedas virtuais. Tudo isto vai ser possível em breve nas habitações que estão a nascer bem a Norte do país. E para conhecer todas as novidades, o idealista/news entrevistou Luís Felício, broker e owner da Move, o grupo de Braga que está à frente de projetos residenciais deste tipo.

Foi depois da pandemia que o projeto “Casas do Futuro” surgiu no seio do Grupo Move. E “teve origem na perceção da tendência para uma maior valorização da casa e usufruto do espaço”, conjugado com “a oportunidade de introduzir de novas tecnologias que prometem revolucionar o modo como vemos e vivemos na nossa casa, ou até como a podemos transacionar”, começa por explicar Luís Felício na entrevista.

Comprar casa com criptomoedas
Chalet Digital, Braga Grupo Move

Construir um total de 10 casas inteligentes na região Norte é o objetivo. E, para já, o grupo tem três projetos distintos em marcha situados em Braga, Celorico de Basto e em Caminha. Todos têm a “veia comum de gestão digital e da sustentabilidade”, adianta o responsável do Grupo Move, dando nota de que o investimento associado a estes projetos ronda os nove milhões de euros. Mas estas casas vão ser inteligentes cada uma à sua maneira: “Os três projetos vão ter três soluções distintas de inteligência, desde uma solução mais básica, até uma solução top de mercado”, revela.

Claro que ao acrescentar funcionalidades à casa, “estamos a somar mais uma camada no preço de custo”, detalha Luís Felício. Por exemplo, o “Chalet Digital”, em Braga, está à venda por 599.000 euros, de acordo com o website do projeto. Apesar do custo adicional, a gestão otimizada vai permitir a poupança a longo prazo, pelo controlo ao detalhe dos consumos de energia e de água. Pelo que, segundo conclui o promotor do projeto, “as casas inteligentes são um investimento rentável a curto-médio prazo”.

“O nosso objetivo enquanto promotores deste conceito evoluído é fornecer soluções integradas desde a segurança à economia, passando pelo conforto e bem-estar, isto é, desde o controlo de uma simples tomada elétrica ao eletrodoméstico inteligente que faz a lista de compras do supermercado”.

Além de incluírem toda a domótica integrada, estas casas do futuro têm ainda outra particularidade: elas próprias vão produzir criptomoedas, através da mineração da Helium, que é uma “forma simples e barata de o fazer”, adianta o responsável. Isto quer dizer que estas casas inteligentes ao estarem ligadas a uma rede poderão produzir um valor médio mensal que varia entre os 100 e os 150 euros.

As novidades não ficam por aqui. As transações em criptomoedas são negócios do presente e com “grande potencial de futuro”, até porque com o novo regulamento da Ordem dos Notários passará a ser possível comprar e vender imóveis unicamente em moedas virtuais. E por isso também aqui Luís Felício quer estar presente, tendo como objetivo vender casas em criptomoedas, primeiro as construídas pelo grupo e depois as dos clientes. E acredita que nestes criptonegócios só há vantagens.

A fusão do mundo digital com o imobiliário está a acontecer a olhos vistos e em diferentes frentes: desde a domótica às transações puramente em criptomoedas. Mas o que fazem, em concreto, estas casas inteligentes? E que vantagens trazem para a vida das pessoas? Como é que uma casa consegue produzir criptomoedas? Será a compra de casas em criptomoedas segura e vantajosa? Mergulhado em todas estas tendências digitais do imobiliário, Luís Felício, broker e owner do Grupo Move, responde em entrevista ao idealista/news. 

Domótica na casa
Chalet Digital, Braga Grupo Move

O Grupo Move tem em mãos a construção daquela que é a primeira casa digital no concelho de Braga. Como surgiu a ideia deste projeto? E qual é o vosso propósito?   

Mais do que uma nova ideia, o projeto “Casas do Futuro” é o culminar de várias ideias que fazem sentido quando vistas como um todo, com atualidade e pertinência para o futuro. Percebemos que, através do Grupo Move, temos hoje condições e a oportunidade de reunir os parceiros indicados para as trazer à luz do dia de um modo interligado.

Construir o “Chalet Digital” - ou seja, casas digitais/inteligentes - tem como propósito a gestão integrada da moradia na era da sociedade do conhecimento. O lançamento do “Chalet Digital” no âmbito do projeto “Casas do Futuro” surgiu no pós-pandemia e teve origem na perceção da tendência para uma maior valorização da casa e na busca por uma maior liberdade e usufruto do espaço, e em simultâneo a oportunidade da introdução de novas tecnologias que prometem revolucionar o modo como vemos e vivemos na nossa casa, ou até como a podemos transacionar.

Com a capacidade de gestão integrada será possível utilizar de forma mais eficiente as energias renováveis, poderemos otimizar o comportamento da moradia como um todo, e de modo a que cada dia seja mais sustentável que o anterior. Queremos que o nosso cliente consiga gerir a casa na palma da mão e com isso ganhar mais tempo para viver sem stress. Queremos que o presente seja, de facto, um presente todos os dias.   

"Embora na fase inicial o custo de uma casa inteligente possa ser mais elevado, assim que os sistemas estiverem devidamente otimizados e configurados para uso quotidiano, vai permitir um controle ao detalhe, sobre os consumos de energia e água".

 

O objetivo é construir um total de 10 casas do futuro na região Norte. Em que fase está o processo? Onde vão ser construídas estas casas? E qual é o valor do investimento associado? Qual é a promotora que está responsável pela sua construção e que atributos tem de ter para responder a este desafio? 

Atualmente, a Remax Move tem a decorrer três projetos distintos onde está a implementar esta filosofia:

  • Projeto na montanha no meio da natureza e num local com vistas exclusivas, em Celorico de Basto, onde estamos a somar o digital e a sustentabilidade a uma casa modular T2 de 54 metros quadrados (m2), que vai ser um verdadeiro refúgio ou base para um nómada digital.
  • ‘Chalet Digital’ na freguesia de São Pedro de Este, em Braga: moradia T3/T4 construída com recurso à construção tradicional, que será a epifania da sustentabilidade. Exemplo disso é o sistema de carregamento painéis fotovoltaicos e o sistema de baterias acumuladoras da casa que se conectam e transferem energia para o carro elétrico. Assim o carro liga-se com a casa e vai ser movido com a energia do sol;
  • Projeto na praia, em Caminha, a nascer em breve: vamos implementar uma solução construtiva em pré-fabricados de betão armado.

Temos, portanto, dentro destes três municípios, três projetos distintos, com métodos construtivos distintos, mas com esta veia comum de gestão digital e da sustentabilidade. Estes três empreendimentos tem um valor total de investimento estimado na ordem dos nove milhões de euros.

Estes projetos estão a ser realizados em parceria com a promotora Resposta Comum que, por sua vez, traz diversos parceiros estratégicos que são players importantes destas áreas na região Norte. Nomeadamente na área das soluções tecnológicas a ItSmart e a EDIGMA e no fornecimento de soluções/serviços de apoio para as transações em criptomoeda como a Prismaat e a Utrust. Os principais atributos necessários passam pelo domínio técnico e capacidade de coordenação de projeto e integração de soluções em parceria com parceiros com ‘know-how’ mais avançado em nichos específicos.

Casas inteligentes à venda
Chalet Digital, Braga Grupo Move

Que características têm estas casas inteligentes? Que soluções de domótica destacam ao nível da segurança, sustentabilidade, conforto e entretenimento?

Admitindo que o conceito de casas inteligentes é muito abrangente, interessa-nos evoluir do ponto de vista conceptual para um domínio de casas úteis, reativas e comunicativas. Com efeito, podemos obter reações por parte da casa que por si só transforma a vida dos seus habitantes de forma mais facilitada, melhorando o bem-estar quotidiano, ao mesmo tempo que temos o poder de a gerir e controlar de forma eficaz, intuitiva e preventiva. 

Queremos que o nosso cliente consiga gerir a casa na palma da mão e com isso ganhar mais tempo para viver sem stress.

É certo que existe uma panóplia de soluções inteligentes individualizadas, no entanto, o nosso objetivo enquanto promotores deste conceito evoluído é fornecer soluções integradas desde a segurança à economia, passando pelo conforto e bem-estar, isto é, desde o controlo de uma simples tomada elétrica ao eletrodoméstico inteligente que faz a lista de compras do supermercado. A título de exemplo, as casas inteligentes podem possuir:

  • videovigilância, sensores de segurança e alarme dissuasor;
  • controlo de iluminação, estores, cortinas e portões;
  • controlo de eletrodomésticos;
  • controlo de AVAC;
  • utilização de luzes disseminadoras de vírus com tecnologia UV-C.

E conseguem uma poupança e otimização energética uma vez que a casa através de mecanismos de inteligência artificial antecipa e otimiza as ações em conformidade sempre que assim for conveniente. 

Esta solução permite-nos obter o controlo total dos dispositivos e eletrodomésticos: Se já saiste de casa não precisas de te preocupar se algo ficou ligado… Queres ligar o aquecimento ou o forno enquanto te estás a preparar para sair do emprego de volta a casa? Desbloquear uma porta remotamente para permitir o acesso a alguém? Eletrodomésticos inteligentes, como é o caso do frigorífico que permite detetar de forma automática os produtos necessários para efetuar a reposição.

Outra das vantagens é podermos comandar e controlar a casa à distância. Ao estar conectada à internet, a casa digital, além dos cenários acima descritos, permite efetuar uma monitorização remota, através do acesso à informação disponibilizada pelos sensores das portas, pela informação em tempo real fornecida pelas câmaras, que além de notificarem o proprietário podem também fazê-lo diretamente com as forças de segurança, se algo estiver errado ou algum "alarme" for acionado.

Uma casa inteligente pode oferecer um conforto extra ao reconhecer o elemento com quem está a interagir, configurando desta forma várias variáveis do ecossistema, para que estas se ajustem com o agrado do elemento em questão, como a temperatura de uma divisão, o nível de luminosidade, ligar uma televisão no canal pretendido e à hora pretendida, assim como também automatizar algumas tarefas domésticas rotineiras, como aspirar o pó, cortar a relva, etc.

"Para uma pessoa com necessidades especiais, uma casa inteligente pode fazer muita diferença, oferecendo um aumento da qualidade de vida e uma maior independência".

Quanto custam estas casas inteligentes? São mais caras do que as “tradicionais”? Em que ordem de grandeza? E como se rentabiliza esse investimento extra, se for caso disso? 

Obviamente que estamos a somar camadas ao que existe, por isso estamos a somar mais uma camada no preço de custo. Os três projetos vão ter três soluções distintas de inteligência, desde uma solução mais básica, até uma solução top de mercado. Relembramos que apesar do custo adicional à cabeça, a gestão vai permitir a poupança a longo prazo. Estamos convictos que o preço não vai ser um entrave.

Embora na fase inicial o custo de uma casa inteligente possa ser mais elevado, assim que os sistemas estiverem devidamente otimizados e configurados para uso quotidiano, vai permitir um controle ao detalhe, sobre os consumos de energia e água, o que nos permite melhor percebermos onde e quando gastamos os esses recursos e tomar providência no sentido de melhorar hábitos de consumo. A inteligência artificial vai também permitir que ao longo do tempo a casa por tome iniciativas próprias no sentido de melhorar e otimizar o consumo e os recursos disponíveis.

Assim, as casas inteligentes são um investimento rentável a curto-médio prazo, pois de forma prática conseguimos capacitar uma casa totalmente em função dos objetivos do cliente, sendo estes económicos e funcionais, além de que podem ser complementarmente concretizados em diferentes momentos temporais. 

Como serão as casas do futuro
Chalet Digital, Braga Grupo Move

Como avalia a evolução da domótica nas casas dos portugueses? Acelerou durante a pandemia? O que falta para as famílias automatizarem mais as suas casas? 

Acreditamos que o que falta para que os portugueses adiram mais ao conceito de casas úteis é o esclarecimento no que diz respeito ao entendimento adequado do que é uma casa útil. De facto, verifica-se muita desinformação a custos até desproporcionais e, por isso, um dos nossos objetivos é desmistificar que, por um lado uma casa útil não é apenas ter um interruptor inteligente que abre e fecha estores quando eu o aciono física ou remotamente. Mas sim é um estore que fecha automaticamente quando começa a chover ou nas horas de maior calor quando não pretendo que a casa aqueça desnecessariamente.

Por isso, temos a missão de fornecer soluções adaptáveis, confiáveis e inovadoras, preservando o estilo de vida dos utilizadores, incrementando o conforto diário e a sensação de segurança, até porque sabemos do valor acrescentado que estas soluções imprimem na qualificação das nossas casas e da importância que estas características passaram a ter especialmente durante a pandemia. 

"Existem neste momento várias soluções para produzir criptomoedas, a mineração da Helium é uma forma simples e barata de o fazer. No fundo, colocamos um equipamento em casa, que irá permitir expandir a rede Helium já existente".

É possível tornar uma casa digital por via da reabilitação? Há potencial de mercado? 

O conceito que defendemos, e que de certa medida acreditamos que é o futuro, prende-se com a capacitação da infraestrutura utilizando protocolos de comunicação sem fios seguros e encriptados, como é o caso do ISP, que não utiliza a rede wi-fi e alcança até 800 metros de comunicação. Assim, conseguimos que o processo de instalação seja mais simples, mais económico e mais inócuo, sem prejuízo de salvaguardar os interesses natos deste tipo de instalação: eficiência de funcionamento e segurança na utilização. Por esta razão, a capacitação das moradias pode acontecer em infraestruturas em construção ou já existentes, havendo por isso condições de dimensionar e adequar os sistemas operativos a um universo totalmente abrangente e universal.

Comprar casa em criptomoedas
Chalet Digital, Braga Grupo Move

Estas casas digitais vão ter a particularidade de produzir criptomoedas, nomeadamente Helium, de forma simples e autónoma. Explique-nos um pouco como funciona este mecanismo. Qual é o valor que preveem que estas casas vão produzir mensalmente (traduzido em euros)? E como é que pode ser utilizado pelas famílias?   

Existem neste momento várias soluções para produzir criptomoedas, a mineração da Helium é uma forma simples e barata de o fazer. No fundo, colocamos um equipamento em casa, que irá permitir expandir a rede Helium já existente. Este equipamento permite ligações lora e a mineração dá-se através da ligação aos equipamentos vizinhos ao criar uma rede.

Estamos neste momento a implementar nas nossas instalações um minerador tradicional para ver o potencial de produção destes equipamentos e se os parâmetros estiverem dentro do expectável também será incluído no pack digital das moradias. Queremos aproveitar a produção dos painéis solares durante o dia para alimentar estes mineradores.

A chamada “The People's Network” é uma rede descentralizada de elevada frequência, que permite alguns quilómetros de alcance e que é utilizada para comunicar com dispositivos IoT (internet das coisas). Aqui existe um leque alargado de dispositivos, como pacemakers, controladores de tensão e muitos outros dispositivos que são usados no nosso quotidiano. Esta rede permite comunicar com esses dispositivos e desta forma garantir um acompanhamento dos utilizadores. E, portanto, optou-se por uma rede descentralizada que é suportada por cada um dos hotspot que a integra. Como tal, eu posso adquirir um destes hotspots e passar a fazer parte da rede disponibilizando acesso aos referidos equipamentos. Como forma de recompensa, por cada elemento que acede ao hotspot é "oferecida" uma fração de Helium.

A produção mensal, como é óbvio depende da localização do imóvel e da quantidade de solicitações de serviços, mas podemos avançar com um valor médio mensal na casa dos 100 euros a 150 euros.

O mais congratulante disto é que podemos fazer parte de algo maior, ajudar pessoas e ainda sermos retribuídos por isso. A Helium pode ser transacionada (comprada ou vendida) nas principais ‘exchanges’ e tem atualmente uma valor unitário que ronda os 20 euros.

“É declaradamente uma tendência para o futuro: cada vez mais as novas casas irão adotar sistemas de domótica, terão maior eficiência energética e irão ficar mais inteligentes”

O Grupo Move tem ainda outro objetivo: vender casas em criptomoedas, primeiro as construídas pelo grupo e depois as dos clientes. Quando e como preveem avançar com estes criptonegócios? Que cuidados estão a ter? As novas instruções da Ordem dos Notários vão ajudar neste sentido? Como?      

Comprar casas em criptomoedas já é uma realidade, particularmente pela parte de investidores estrangeiros. Com o novo regulamento lançado pela Ordem dos Notários, esta gama de transações vai passar a ser possível sem que haja necessidade como até aqui de se converter a moeda virtual para euro, transformando-se assim numa transação totalmente virtual.      

Os cuidados a ter, prendem-se por um lado em garantir a prestação do serviço com toda a segurança técnica e por aí garantir uma boa experiência com a máxima segurança na transação e por outro o cumprimento integral dos requisitos legais onde para além de toda a legislação que regula as transações imobiliárias se inclui também as necessárias medidas de Prevenção ao Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo. A segurança das transações em criptomoeda é muito robusta, sendo que o cliente não precisa sequer de partilhar dados pessoais na rede. 

Um segundo momento que merece toda a atenção é se, depois de feito o pagamento ser feito em criptomoedas, o cliente prefere receber em euros ou não. No caso de ser em euros, os trâmites são mais próximos dos habituais, caso contrário existe uma contabilidade ligeiramente diferente.

Domótica da casa
Chalet Digital, Braga Grupo Move

Quais as vantagens de transacionar imóveis em criptomoedas? E desvantagens? Têm sentido mais procura de investidores/famílias neste sentido? Considera que estes vão ser os negócios do futuro?  

Não temos dúvidas que as criptomoedas são uma solução do presente, e com grande potencial de futuro. O comboio digital está a andar e nós em Portugal e a Europa em geral, não apanhámos a primeira estação. 

As economias emergentes estão a liderar o processo de adoção destas soluções descentralizadas, porque não têm banca centralizada eficiente, e as vantagens são evidentes. Já nas economias mais avançadas assistimos a uma acelerada desestruturação da banca tradicional e ao surgimento crescente de novos meios e canais para o financiamento e pagamentos, onde cada vez mais existe procura por soluções descentralizadas, ou seja, as criptomoedas. A procura é crescente em todo o mundo e Portugal não é exceção, quanto mais não seja pelo regime fiscal altamente favorável à utilização destes ativos.

As vantagens são múltiplas. A principal é aumentar no nosso leque de oferta ao cliente e chegar a outros nichos de mercado. Enumeramos algumas vantagens de transacionar imóveis em criptomoedas com a ajuda do parceiro Utrust:

  • Não há quaisquer taxas adicionais: os bancos cobram uma variedade de taxas e taxinhas para intermediar os processos de compra e venda de imóveis. Com cripto, estamos perante uma transação direta entre vendedor e comprador, que apenas é alvo de uma taxa de processamento de 1%;
  • O comprador pode usar qualquer ‘wallet’: o serviço é aberto a todas as carteiras de ativos digitais. Tanto o comprador como o vendedor podem decidir à vontade e não precisam de movimentar dinheiro entre contas ou instituições bancárias diversas;
  • Pode-se escolher a moeda virtual mais vantajosa: ao passo que o euro é o euro, as moedas digitais têm valores variáveis. O comprador pode aproveitar o momento do mercado para comprar com $BTC, $ETH, $EGLD, $USDT, $USDC, $UTK, ou $DASH;
  • A Internet não tem fronteiras: os pagamentos digitais são globais, assim como as moedas. Não haverá nunca necessidade de movimentar dinheiro, com custos avultados, através de fronteiras;
  • Segurança imbatível: todas as transações são registadas digitalmente de forma inapagável e inalterável, garantindo a segurança de todas as partes envolvidas. Nenhum intermediário (seja o banco, o estado, ou outro) ganha acesso às contas de vendedor ou do comprador em nenhum momento e nenhuma informação pessoal precisa de ser partilhada.

Portanto, não há nenhuma desvantagem assinalável para os pagamentos em criptomoedas. A única ressalva pertinente é a da responsabilidade: na ausência de intermediários, o processo é da responsabilidade apenas das partes envolvidas.

Casas digitais
Chalet Digital, Braga Grupo Move

Como vislumbra o futuro das casas digitais e dos negócios em criptomoedas em Portugal? E no mundo?  

Com a constante evolução do mercado, estão sempre a surgir novas soluções que permitem maximizar o potencial ou adicionar novas funcionalidades. É declaradamente uma tendência para o futuro: cada vez mais as novas casas irão adotar sistemas de domótica, terão maior eficiência energética e irão ficar mais inteligentes.

O caminho da desmassificação e da descentralização, onde as criptomoedas jogarão um papel central, será uma linha imparável na nossa sociedade e economia tanto ao nível global como local. Por isso, mais cedo do que se possa pensar, esta diversidade será o padrão. 

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