A compra de casa não é um processo igual para todos. Cada família escolhe a habitação consoante os seus rendimentos, localização, preço e espaço que necessita, entre outras comodidades. E também há investidores a comprar imóveis com diferentes perfis para fazer negócio. Mas quais são, então, as tipologias que desaparecem mais rápido do mercado residencial português?
Em Portugal, os apartamentos T1 destacam-se como a tipologia que mais rapidamente foi transacionada no terceiro trimestre de 2025, segundo se pode concluir a partir da análise aos dados do idealista. Em concreto, 41% dos anúncios das casas com um quarto permaneceram ativos menos de um mês. Logo depois surgem os T2 (36%), os T3 (35%) e os estúdios (T0), com 32% de vendas que terão sido concluídas em menos de 30 dias. No extremo oposto encontram-se as residências com quatro ou mais quartos (27%), que apresentam os tempos de anúncio de comercialização mais longos.
T1: a tipologia mais rápida a vender
Os apartamentos T1 à venda foram, assim, a tipologia que saiu mais rápido do mercado residencial português no verão de 2025. E isso verificou-se na maioria das cidades do país.
Santarém realça de forma expressiva, com 80% dos T1 que terão sido vendidos em menos de um mês, a maior taxa registada no país. Em seguida surgem Viana do Castelo (56%), Ponta Delgada (50%), Aveiro (44%), e depois Braga, Coimbra, Funchal e Faro (41% em cada). Seguem-se Viseu (36%), Vila Real (33%) e Setúbal (31%). Em Lisboa, apenas 24% dos T1 anunciados saíram do mercado em menos de 30 dias, enquanto no Porto essa proporção foi de 28% e em Beja, de 25%.
Em várias capitais de distrito — como Castelo Branco, Évora, Portalegre ou Guarda — não se registaram vendas rápidas de casas desta tipologia devido à reduzida ou escassez da oferta.
Estúdios: vendas rápidas, mas com pouca oferta
Apesar da oferta muito limitada de estúdios (T0) na maioria das capitais de distrito, Aveiro (31%), Coimbra (29%), Porto (28%), Lisboa (22%) e Braga (17%) são os mercados onde estes pequenos apartamentos têm maior procura. Em muitas cidades, porém, não houve registos devido à inexistência de stock deste tipo de imóvel.
T2: desempenho sólido em várias capitais
No que diz respeito à venda de apartamentos T2 em menos de um mês, Santarém volta a liderar com 53%. E logo a seguir está Castelo Branco (43%), Beja (40%), Évora (40%), Viseu (39%), Funchal (36%), Coimbra (33%), Aveiro (32%), Braga (31%), Porto (28%), Setúbal (28%), Viana do Castelo (24%), Lisboa (23%), Faro (21%), Ponta Delgada (18%) e Leiria (17%).
Em várias capitais de distrito — como Guarda, Portalegre e Vila Real — não se registaram vendas rápidas desta tipologia, se for considerado que os anúncios se mantiveram mais tempo ativos.
T3: diferenças significativas entre regiões
Os apartamentos T3 registaram 35% de vendas rápidas a nível nacional. E nas grandes cidades? Beja (50%) apresenta o valor mais elevado, seguida de Ponta Delgada (43%), Braga (39%), Aveiro (37%), Viana do Castelo (36%), Porto (36%), Coimbra (35%), Santarém (29%), Funchal (29%), Guarda (29%), Setúbal (29%), Leiria (23%), Lisboa (18%), Castelo Branco (17%), Faro (17%), Viseu (16%) e Évora (14%).
Em várias cidades — como Portalegre e Vila Real — não se registaram vendas rápidas devido à pouca oferta nesta tipologia.
T4 ou mais: a tipologia que mais demora a ser vendida
Viana do Castelo (50%) apresenta a taxa de vendas rápidas mais elevada para os apartamentos com quatro quartos ou mais, seguida de Aveiro (39%) e Setúbal (37%). Depois surgem Santarém (29%), Porto (24%), Coimbra (20%), Lisboa (20%), Braga (13%) e Leiria (7%).
Nas restantes capitais de distrito — Beja, Castelo Branco, Faro, Funchal, Portalegre, Vila Real e Viseu — não se registaram vendas em menos de um mês. Em cidades como Ponta Delgada, Évora e Guarda, não há dados disponíveis devido à inexistência de oferta nesta tipologia.
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