Associação de Inquilinos de Lisboa (AIL) pretende ainda que prazo de pagamento das rendas em atraso do IHRU possa ser feito em dois anos.
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Inquilinos querem alargamento de moratórias até ao final do ano
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A Associação de Inquilinos de Lisboa (AIL) quer que o Governo alargue a moratória dos despejos até ao final do ano. Esta é uma das medidas extraordinárias que os inquilinos vão pedir ao Executivo com o objetivo de mitigar os efeitos da pandemia da Covid-19 no mercado do arrendamento habitacional.

Segundo o Público, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação vai receber em breve um novo ofício com as exigências da AIL para a tomada das medidas que consideram ser necessárias para impedir que no final de setembro “entre tudo num caos”, explicou Romão Lavadinho, presidente da AIL.

“O que pedimos é que o prazo [da moratória dos despejos] seja prolongado até ao final do ano, porque na verdade não se sabe se a pandemia vai aumentar – vamos entrar outra vez em estado de contingência, não é verdade? – nem sabemos se o desemprego vai aumentar ou se os casos de lay-off vão continuar. O mais prudente seria alargar o prazo”, afirmou o responsável, citado pela publicação.

Segundo Romão Lavadinho, o prazo dado pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) para receber candidaturas também devia ser prorrogado até ao final do ano. “O prazo terminou a 1 de setembro. Mas se até ao final do ano as pessoas continuarem a fazer prova de quebras de rendimento de 20%, e apresentarem uma taxa de esforço maior do que os 35%, não podem candidatar-se aos apoios porquê?”, questionou.

Outra exigência que a AIL pretende fazer ao Governo é a de que o prazo de pagamento das rendas em atraso possa ser feito em dois anos, e não apenas num como está previsto. Para Romão Lavadinho, essa possibilidade de pagar em dois anos deve ser dada a todos os inquilinos.

Atualmente, a regra é que os pagamentos dos empréstimos contraídos junto do IHRU se devem iniciar a 1 de janeiro de 2021 e ser pagos nos 12 meses seguintes. Mas já está previsto que no caso do agregado em causa ficar sobrecarregado com o pagamento, e ultrapassar a taxa de esforços dos 35%, poderá ver o prazo de pagamento alargado pelo IHRU. A proposta da AIL é que fique desde já determinado que as rendas em atraso poderão ser pagas em 24 meses, escreve o Público.

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