
Chama-se Vilamoura Parque e é o primeiro projeto da nova administração da Vilamoura World (VW) – agora liderada por João Brion Sanches – a sair do papel. Trata-se de um empreendimento com 40 unidades, 30 V2 e 10 V3, que será construído ao lado do Central e a pensar nas exigências dos clientes na sequência da pandemia da Covid-19. Cada moradia deste novo empreendimento no Algarve terá, por exemplo, piscina privada. “As obras estão previstas iniciar a partir do início do segundo trimestre de 2022 e teremos depois 24 meses, ou seja, no primeiro semestre de 2024 contamos ter o projeto pronto para entregar aos clientes”, revela ao idealista/news Miguel Palmeiro, administrador da VW com o pelouro comercial.
Em cima da mesa está também a expansão do empreendimento Uptown, outro que, a par do Central e do Quintinhas, foi herdado pela nova administração da VW, que foi comprada no ano passado à Lone Star. Em entrevista ao idealista/news, Miguel Palmeiro faz um ponto da situação sobre os três projetos já existentes e levanta um pouco o véu sobre o Vilamoura Parque. Sustentabilidade, garante, é palavra de ordem.
O objetivo da nova administração da Vilamoura World é, em resumo, fazer de Vilamoura "o melhor lugar do Algarve para viver, para lazer e para investir"

Como estão a decorrer as vendas dos empreendimentos que já vinham da administração anterior da VW, o Central, o Uptown e o Quintinhas?
O balanço é bastante positivo. No caso do Uptown, as 31 unidades estão 100% vendidas, acabou por ser um grande êxito. Relativamente às Quintinhas, dos 25 lotes temos apenas dois por vender e temos já reservas previstas para os mesmos, portanto consideramos que é também um empreendimento praticamente vendido. No caso do Central, temos quatro unidades disponíveis das 41 iniciais, e a nossa expectativa é que ao longo dos próximos meses tenhamos essas unidades também já vendidas. Os preços de venda dessas unidades começam em 860.000 euros e em 1,1 milhões de euros, no caso da unidade de quatro quartos.
Há muitos portugueses a investir?
No caso do Uptown, cerca de 60% dos compradores são portugueses. As nacionalidades são muito diversificadas: desde EUA, Zimbabwe, Reino Unido, França… não há uma nacionalidade que se destaque em relação aos portugueses. No caso das Quintinhas, a diferença é bastante mais expressiva, visto que cerca de 90% dos compradores são portugueses. Estamos a falar de lotes para construir moradias a partir de 400 metros quadrados (m2), um segmento de mercado mais atrativo para os investidores portugueses. No caso do Central, a percentagem desce um pouco, havendo cerca de 50% de portugueses. E em relação aos investidores estrangeiros voltamos a ter uma diversificação muito grande: China, Arábia Saudita, Canadá, Japão, França, Suécia etc.
Os portugueses continuam a ter e a estar com uma presença muito forte em Vilamoura. Aliás, Vilamoura tem no coração dos portugueses uma marca com a qual toda a gente se relaciona.
Há diferenças no perfil de investidores que compram lotes de terreno, no caso Quintinhas, ou casas já construídas, como no Central ou no Uptown?
O investidor que procura lotes terreno para construir tem uma visão muito própria daquilo que é a moradia que quer desenvolver, e no caso do Quintinhas é um perfil de comprador também investidor. Vilamoura é e tem sido um local de investimento imobiliário seguro e com boa rentabilidade, e no caso dos lotes de terreno há os clientes que compraram para construir a própria casa à sua medida, mas também investidores que depois construirão a casa e a colocarão no mercado como produto final.
O Uptown e o Central são de facto produtos que se complementam, não só pela tipologia daquilo que se apresenta como projeto, mas também pela localização. O Central, como o nome próprio indica, está a cinco minutos a pé da marina, tendo um posicionamento único em relação a Vilamoura. O Uptown é uma nova zona, uma zona de crescimento, e está englobado num loteamento maior, que continuará a sua expansão, portanto tem um posicionamento menos urbano, mais ligado à natureza.

O Quintinhas permite a construção de casas passivas. Que importância assume a sustentabilidade nos projetos a construir pela VW?
A sustentabilidade é um fator inegável nas casas que vamos desenvolver, nos produtos imobiliários que vamos oferecer aos clientes. Essa já nem pode ser apenas uma preocupação, é uma realidade. Nas Quintinhas essa preocupação está presente, até porque de facto as pessoas vão construir as suas casas, mas nós, enquanto VW, recomendamos que elas sejam feitas de acordo com as melhores práticas de sustentabilidade, e isso também praticaremos nos projetos que vamos desenvolver nos próximos anos.
Que projetos são esses?
O próximo projeto que vamos desenvolver chama se Vilamoura Parque e está também localizado numa zona muito central. Traz uma evolução em relação aos projetos que já foram desenvolvidos até hoje. Com a Covid-19, verificou-se uma aceleração de vários fatores que as pessoas procuram, nomeadamente a privatização dos espaços. O Vilamoura Parque será um projeto que terá piscinas privadas, estacionamento subterrâneo e jardins privados, e com isso procuramos ir ao encontro das necessidades do cliente atualmente. Ou seja, colocar o cliente no centro das decisões em relação àquilo que é a definição do produto que vamos colocar no mercado.
"O Vilamoura Parque será um projeto que terá piscinas privadas, estacionamento subterrâneo e jardins privados, e com isso procuramos ir ao encontro das necessidades do cliente atualmente"
O Vilamoura Parque terá quantas casas?
O Vilamoura Parque será um projeto com 40 unidades: 30 V2 e 10 V3. As obras estão previstas iniciar a partir do início do segundo trimestre de 2022 e teremos depois 24 meses, ou seja, no primeiro semestre de 2024 contamos ter o projeto pronto para entregar aos clientes. Relativamente aos valores de venda, é ainda é prematuro falar.
Serão, então, já casas pensadas para um cenário pós-Covid-19, onde tende a prevalecer, provavelmente, o teletrabalho?
Já tivemos a experiência, tanto no Central como no Uptown, em que cerca de 70% dos compradores não compraram apenas para investir, mas principalmente para usar de forma mais permanente, e isto é uma tendência crescente. Isso é uma nova tendência que procuraremos também trazer para o Vilamoura Parque.
Vilamoura apresenta-se como o melhor lugar em Portugal para atrair os chamados ‘remote workers’, porque há um equilíbrio entre aquilo que é as infraestruturas existentes, em que as pessoas têm tudo o que precisam para satisfazer as suas necessidades do dia a dia, inclusivamente, no caso de famílias, temos um colégio internacional muito bem classificado nos rankings nacionais, mas, ao mesmo tempo, temos 30 quilómetros de ciclovias, temos a praia da Falésia, a praia de Vilamoura… Temos um equilíbrio de fruição de lazer e ao mesmo tempo a possibilidade das pessoas continuarem a exercer a sua atividade profissional desde casa, com toda a comodidade e conforto.

Ou seja, quem investe em Vilamoura procura também uma casa para residir, não só na perspetiva de investimento…
Para a maior parte das pessoas estar próximo do local de trabalho é importante, porque têm de se deslocar ao escritório. Com o teletrabalho esse paradigma mudou, e vai seguramente haver uma solução híbrida, em que as pessoas vão estar em alguns momentos presentes no local de trabalho, mas muito tempo também a trabalhar deste casa. Nós temos de dar atenção a esta hibridização do uso das casas, que assenta em três pilares: a função de residência, onde dormimos e tomamos as nossas refeições, os momentos de lazer, e daí os espaços verdes, os jardins, a luminosidade das casas, etc., e, em terceiro lugar, um lugar onde as pessoas têm oportunidade de desenvolver o seu trabalho, seja não só pelo espaço, mas também pelas infraestruturas, nomeadamente capacidade de internet para poder para poder desenvolver o seu trabalho.
Falámos de quatro projetos residenciais na órbita da VW. Há mais na calha?
A nossa perspetiva é de desenvolvimento. Temos um pipeline de desenvolvimento para os próximos anos, e o projeto que iremos desenvolver a seguir será, naturalmente, as fases seguintes do Uptown.
"A nossa perspetiva é de desenvolvimento. Temos um pipeline de desenvolvimento para os próximos anos, e o projeto que iremos desenvolver a seguir será, naturalmente, as fases seguintes do Uptown"
Além dos projetos imobiliários que estamos a desenvolver, temos uma visão integrada para o território. Serão anunciadas ao longo do ano novas iniciativas que visarão trazer uma integração maior ao espaço de Vilamoura nos projetos que vamos desenvolver, através também de uma integração social entre os nossos residentes, porque é cada vez mais importante a questão do networking. Sentimos que os compradores, seja portugueses ou internacionais, procuram um pouco querer conhecer as outras pessoas que estão à sua volta, e portanto em breve anunciaremos também novidades relativamente à forma como vamos promover essa integração de Vilamoura e também das pessoas que aqui residem.
Pode dizer-se que há uma nova Vilamoura a nascer?
Vilamoura tem como visão ser o melhor lugar do Algarve para viver, para lazer e para investir. E a forma de o fazer será, seguramente, desenvolver projetos de qualidade superior, mas com uma preocupação clara de sustentabilidade. Uma preocupação clara social e também obviamente de trazer o maior retorno aos investidores.
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