As regiões com a variação mensal positiva mais elevada foram o Centro, Lisboa, Algarve e Madeira, segundo o INE.
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rendas das casas
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Lusa
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As rendas das casas por metro quadrado aumentaram 2,2% em fevereiro face ao mesmo mês de 2021, acima dos 2,1% do mês anterior, com todas as regiões a apresentarem subidas homólogas, divulgou o INE esta quinta-feira, dia 10 de março de 2022, no âmbito da atualização do Índice de Preços no Consumidor (IPC). Os dados revelam que taxa de inflação em Portugal continuou a tendência de subida, aumentando para 4,2% no mês passado, em relação a fevereiro do ano passado.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística, em fevereiro, “todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo Lisboa e o Algarve registado os aumentos mais intensos (2,3%)”.

Quanto ao valor médio das rendas de habitação por metro quadrado, registou uma subida mensal de 0,2%, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais à do mês anterior.

As regiões com a variação mensal positiva mais elevada foram o Centro, Lisboa, Algarve e Madeira, com uma taxa de 0,2%, não se tendo observado nenhuma região com variação negativa no respetivo valor médio das rendas habitacionais.

Inflação em Portugal sobe para 4,2% em fevereiro

Por sua vez, a taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) aumentou para 4,2%, em fevereiro, uma subida de 0,9 pontos percentuais face à observada no mês anterior, confirmou assim o INE.

Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada em 28 de fevereiro.

O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) também acelerou, registando uma variação homóloga de 3,2%, que compara com 2,4% em janeiro.

  • O agregado relativo aos produtos energéticos apresentou uma taxa de variação de 15,0% (12,1% no mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma variação homóloga de 3,7% (3,4% em janeiro).
  • Por classes de despesa e face ao mês precedente, o INE destaca os aumentos das taxas de variação homóloga das classes dos ‘transportes’ e dos ‘restaurantes e hotéis’, com variações de 8,5% e 5,2%, respetivamente (6,2% e 3,6% no mês anterior).
  • Em sentido oposto, assinala as diminuições das taxas de variação homóloga das classes das ‘comunicações’ e ‘lazer, recreação e cultura’, com variações de 1,4% e 3,0%, respetivamente (2,6% e 3,2% no mês anterior).

Pelo terceiro mês consecutivo, todas as classes registaram variações homólogas positivas.

  • Segundo o INE, a variação mensal do IPC foi 0,4% (0,3 no mês precedente e -0,5% em fevereiro de 2021).
  • Já a variação média dos últimos 12 meses foi 1,8%, face a 1,5% em janeiro.

impacto da inflação nos preços do supermercado
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O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 4,4%, superior em 1,0 ponto percentual à do mês anterior e inferior em 1,4 pontos percentuais ao valor estimado pelo Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) para a zona euro.

Em janeiro, aquela diferença tinha sido de 1,7 pontos percentuais, notou o INE.

Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal registou uma variação homóloga de 3,4% em fevereiro, superior à taxa correspondente para a área do euro, que se fixou em 2,9%.

O IHPC registou uma variação mensal de 0,5% (0,3% no mês anterior e -0,5% em fevereiro de 2021) e uma variação média dos últimos 12 meses de 1,5% (1,2% no mês precedente).

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