Num clima de instabilidade, são muitas as famílias que ponderam escolher taxa fixa no empréstimo da casa. Explicamos uma solução.
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Crédito habitação com taxa fixa
idealista

Os bancos continuam a mostrar disponibilidade para conceder crédito habitação às famílias. Mas as regras do jogo estão a mudar e podemos mesmo estar a assistir ao fim da era dos empréstimos das casas mais baratos de sempre. As taxas Euribor deram o salto em março e os seus efeitos já estão a ser sentidos nas prestações da casa dos novos créditos de taxa variável. E dada a instabilidade económico financeira que já se faz sentir desde o início do ano e que, agora, se está a agravar com a guerra na Ucrânia, começa a surgiu uma dúvida: será melhor optar por uma taxa fixa ou variável? Não há uma resposta única para esta questão. Mas há, sim, várias soluções no mercado a avaliar. E uma delas é mesmo a solução de taxa fixa do Banco CTT que passamos a pente fino na rubrica “Crédito habitação do mês”.

É preciso recuar ao início de 2008 para encontrarmos um momento em que as entidades bancárias emprestavam tanto capital para comprar casa como hoje. Em fevereiro de 2022, os bancos concederam um total de 1.275 milhões de euros em novos créditos habitação, mais 7% que no mês anterior e mais 27% que no período homólogo. O que os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP) também mostram é que taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação, subiu para 0,87%, “em linha com a subida das taxas Euribor”.

A verdade é que as taxas de Euribor deram o salto em março, tendo acelerado a tendência de subida já verificada no início do ano logo depois de eclodir o conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia e do Banco Central Europeu ter começado a apertar políticas monetárias para travar a alta inflação que se faz sentir em solo europeu. E já estão a afetar as prestações da casa nos créditos concedidos em abril, tal como explicamos com recurso a exemplos neste artigo. É por tudo isto que muitas famílias ponderam escolher a taxa fixa no crédito habitação - ou mudar de taxa variável para fixa-, uma vez que lhes traz uma maior estabilidade no longo prazo.

Escolher taxa fixa ou taxa variável no crédito da casa
Foto de Cup of Couple en Pexels

Uma solução taxa fixa para o crédito habitação

Neste contexto de instabilidade, importa mostrar as principais condições oferecidas por vários bancos e instituições financeiras especialistas na concessão de empréstimos para a compra de casa em Portugal, uma missão que tem sido assumida pela rubrica ‘Crédito habitação do mês’ do idealista.

E neste mês de abril falamos sobre a oferta de taxa fixa do Banco CTT, em que é possível fixar a taxa pelo período de 10, 20 ou 30 anos. “O principal destaque é a simplicidade do produto, onde o cliente apenas tem que domiciliar o ordenado numa conta sem custos de manutenção e contratar os seguros de vida e multirriscos para obter a máxima bonificação”, explicam os especialistas do idealista/créditohabitação.

As famílias que pretendam comprar casa recorrendo esta solução de taxa fixa do Banco CTT podem obter um financiamento de até 90% do valor da garantia, pressupondo a entrada efetiva de capitais. E podem contar com uma Taxa Anual Nominal (TAN) a partir dos 2,20% e uma Taxa Anual Efetiva Global (TAEG) desde 2,90%.

De notar ainda que quem contratar esta solução de crédito habitação com taxa fixa pode pagar o empréstimo até, no máximo, 40 anos. Mas, agora, tudo dependerá da idade dos titulares já que o BdP definiu novos limites de maturação dos créditos consoante as suas idades.

Soluções de crédito habitação
Foto de Arina Krasnikova en Pexels

Novos prazos consoante a idade: como afeta o crédito habitação?

Esta solução de empréstimo para comprar casa, tal como todas as outras em Portugal, têm desde o passado dia 1 de abril regras mais apertadas. Foi nesta data que o regulador liderado por Mário Centeno introduziu novos prazos de pagamento dos créditos habitação consoante a idade dos titulares.

Resumidamente é isto que vai mudar para quem quiser contratar um novo crédito habitação a partir de agora:

  • Idade igual ou inferior a 30 anos: pode pagar o crédito até 40 anos;
  • Idade superior a 30 anos e igual ou inferior a 35 anos: prazo máximo de pagamento do crédito passa para os 37 anos (ou seja, há uma redução de 3 anos);
  • Idade superior a 35 anos: maturidade máxima dos créditos passa para 35 anos (isto é, têm menos 5 anos para pagar o crédito).

Esta mudança vai encurtar, portanto, os prazos de pagamento de créditos habitação para que tiver mais de 30 anos e vai fazer-se sentir nas prestações da casa, sobretudo, para quem tiver mais de 35 anos, tal como estimaram os especialistas do idealista/créditohabitação neste artigo.

Recentemente, também a BA&N Research Unit estimou que, no caso de um cliente ter mais de 35 anos, estas novas regras podem levar a que a prestação da casa suba 12%. Isto considerando que, até hoje, os bancos faziam empréstimos para comprar casa com maturidade máxima de 40 anos para clientes com mais de 35 anos.

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