Governador do Banco da Áustria e membro do conselho do BCE acredita que esta subida "enviaria sinal claro" no combate à inflação.
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Subida de juros
Robert Holzmann, governador do Banco da Áustria e membro do Conselho do Banco Central Europeu wikimedia_commons

A inflação na Zona Euro continua a subir. As estimativas rápidas do Eurostat apontam para uma inflação em maio na ordem dos 8,1%, estando 0,7 pontos percentuais acima da apurada em abril (7,4%). E, para a combater, Robert Holzmann, governador do Banco da Áustria e membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), defende mesmo que a taxa de juro diretora deverá subir 50 pontos base (p.b.) já em julho.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, já confirmou que a taxa de juro diretora vai subir em julho, naquele que será o primeiro aumento nos últimos 11 anos. E o seu economista-chefe, Philp Lan, apontou que a primeira subida dos juros em julho deverá ser de 25 p.b.

Também o chefe do banco central da Holanda, Klaas Knot, apontou que o primeiro aumento das taxas de juro fosse de 0,25 p.b.. Mas admitiu que “um aumento maior também não deve ser excluído”, se a subida generalizada dos preços assim o justificar. "Nesse caso, um próximo passo lógico seria de (até) 0,5 p.b.”, afirmou Klaas Knot em meados de maio, citado pela Reuters e pelo Público.

BCE vai subir juros
Christine Lagarde, presidente do BCE, flickr_commons

Subida dos juros em 50 p.b “enviaria um sinal claro” de combate à inflação

Depois de conhecer os resultados provisórios da inflação em maio publicados pelo Eurostat esta terça-feira, o “falcão” da autoridade monetária europeia afirmou que a subida dos juros deveria ser superior. "Um aumento de 50 pontos-base enviaria um sinal claro e necessário de que o BCE leva a sério o combate à inflação", disse Robert Holzmann esta quarta-feira, dia 1 de junho, citado pela Bloomberg.

Já os mercados monetários apontam para um aumento das taxas de juro pelo BCE na ordem dos 35 pontos base em julho, de acordo com a mesma publicação.

Além disso, o governador do banco austríaco considera que um aumento desta ordem  - de 50 p.b. - “também ajudaria a apoiar a taxa de câmbio do euro”, porque “um euro fraco não é útil perante a inflação”. Note-se que o euro desvalorizou cerca de 8% face ao dólar.

O Conselho de Política Monetária do BCE vai reunir-se no próximo dia 9 de junho. E aqui vão discutir as medidas a adotar e o aumento necessário da taxa de juro para controlar a inflação que está hoje quatro vezes superior aos 2%, o valor que assegura a estabilidade dos preços no espaço europeu.

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