As incertezas que marcam o atual clima económico têm vindo a arrefecer a compra de casas em Portugal. Com a procura a diminuir, devido à perda de poder de compra e aos juros elevados, a pressão sobre os preços das casas tem vindo a ser cada vez menor, levando a um ajustamento, muito embora a oferta continue a ser insuficiente. Em resultado, os preços das casas em Portugal desceram 0,5% no terceiro trimestre de 2023 face ao trimestre anterior, aponta o índice de preços do idealista. Mas este não é um cenário visível em todo o território nacional, já que as casas à venda ficaram mais caras em 10 capitais de distrito, entre julho e setembro, com Bragança a liderar as subidas (8,2%). Em Lisboa, os preços das casas mantiveram-se estáveis (0,3%) e subiram ligeiramente no Porto (0,8%).
Comprar casa tinha um custo mediano de 2.525 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de setembro deste ano, segundo o índice de preços do idealista. Embora as casas à venda tenham ficado ligeiramente mais baratas no verão face ao trimestre anterior, observou-se que em comparação com o terceiro trimestre de 2022 (um ano antes), os preços das casas em Portugal subiram 5,7%.
Casas à venda mais caras em 10 capitais de distrito
No terceiro trimestre, os preços das casas à venda subiram em 10 capitais de distrito, com Bragança (8,2%), Guarda (6,8%) e Funchal (4,8%) a liderarem a lista. Seguem-se Viseu (3,3%), Ponta Delgada (3,1%), Braga (2,7%), Santarém (2,6%), Faro (2,5%), Leiria (1,7%) e Porto (0,8%).
Já em Coimbra (0,3%), Lisboa (0,3%), Portalegre (0,2%), Setúbal (0,1%) e Viana do Castelo (-0,4%), os preços das habitações mantiveram-se estáveis. Por outro lado, os preços desceram em Évora (-9,3%), Vila Real (-5,7%), Aveiro (-4,2%), Beja (-1,3%) e Castelo Branco (-0,5%).
Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro comprar casa: 5.366 euros por metro quadrado (euros/m2). Porto (3.440 euros/m2) e Funchal (3.084 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (2.995 euros/m2), Aveiro (2.395 euros/m2), Setúbal (2.309 euros/m2), Évora (2.007 euros/m2), Coimbra (1.849 euros/m2), Viana do Castelo (1.843 euros/m2), Ponta Delgada (1.771 euros/m2), Braga (1.748 euros/m2), Viseu (1.377 euros/m2), Leiria (1.331 euros/m2) e Vila Real (1.259 euros/m2).
Já as cidades mais económicas para comprar casa são Portalegre (718 euros/m2), Guarda (781 euros/m2), Castelo Branco (823 euros/m2), Beja (922 euros/m2), Bragança (938 euros/m2) e Santarém (1.127 euros/m2).
Casas à venda ficam ligeiramente mais baratas nos distritos de Lisboa e do Porto
Analisando os 25 distritos e ilhas portuguesas, verifica-se que as casas para comprar ficaram mais caras em 12 territórios nacionais entre o terceiro trimestre de 2023 e o trimestre anterior. As maiores subidas dos preços das casas tiveram lugar em Portalegre (7,5%), ilha da Madeira (6,6%), ilha de Porto Santo (5,6%), Viseu (4,4%) e na ilha de São Miguel (4,1%). Seguem-se Santarém (3,3%), Setúbal (3%), Leiria (2,5%), Faro (1,8%), Guarda (1,4%), ilha do Pico (1,3%) e ilha Terceira (1,0%).
Já na ilha do Faial (0,4%), Braga (0,2%) e Beja (0,1%) os preços das casas à venda ficaram praticamente estáveis nesse período. Contam-se ainda 10 distritos/ilhas em que as casas ficaram mais baratas. Em concreto, os preços das casas para comprar desceram em Évora (-9,3%), Castelo Branco (-6,9%), ilha de São Jorge (-5,6%), Coimbra (-3,6%), Porto (-1,8%), Aveiro (-1,8%), Bragança (-1,4%), Lisboa (-1%), Viana do Castelo (-1%) e Vila Real (-0,7%).
O ranking dos distritos e ilhas mais caras para comprar casa é liderado por Lisboa (3.841 euros/m2), seguido por Faro (3.230 euros/m2), ilha da Madeira (2.740 euros/m2), Setúbal (2.471 euros/m2), Porto (2.457 euros/m2), ilha de Porto Santo (2.035 euros/m2), Aveiro (1.643 euros/m2), ilha de São Miguel (1.571 euros/m2), Leiria (1.553 euros/m2), Braga (1.531 euros/m2), Viana do Castelo (1.450 euros/m2), Coimbra (1.382 euros/m2), ilha do Pico (1.313 euros/m2), Évora (1.308 euros/m2), ilha do Faial (1.267 euros/m2), ilha Terceira (1.119 euros/m2), Santarém (1.103 euros/m2) e ilha de São Jorge (1.057 euros/m2).
Os preços mais económicos para comprar uma habitação em Portugal encontram-se na Guarda (664 euros/m2), Portalegre (713 euros/m2), Castelo Branco (798 euros/m2), Bragança (864 euros/m2), Vila Real (968 euros/m2), Viseu (1.042 euros/m2) e Beja (1.045 euros/m2).
Preços das casas subiram na maioria das regiões
Durante o terceiro trimestre de 2023, os preços das casas à venda apenas desceram no Norte (-1,9%) e Centro (-1,1%). Por outro lado, os preços subiram na Região Autónoma da Madeira (6,5%), seguida pelo Alentejo (5%), Algarve (1,8%) e Região Autónoma dos Açores (1,4%). Na Área Metropolitana de Lisboa (-0,4%), os preços das habitações mantiveram-se estáveis durante este período.
A Área Metropolitana de Lisboa, com 3.493 euros/m2, continua a ser a região mais cara para adquirir habitação, seguida pelo Algarve (3.230 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (2.728 euros/m2) e o Norte (2.078 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores (1.377 euros/m2), o Centro (1.388 euros/m2) e o Alentejo (1.599 euros/m2) que são as regiões mais baratas para comprar casa.
Índice de preços imobiliários do idealista
Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.
Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.
O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/venda/
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