O mercado de arrendamento em Portugal continua dinâmico, com elevada procura. E também tem sentido um aumento da oferta de casas no mercado, motivo que pode explicar o facto de as rendas das casas tenderem a estabilizar em 2024. Foi isso mesmo que se voltou a observar em maio face ao mês anterior: os preços das casas para arrendar em Portugal subiram 0,1%, ficando praticamente inalterados. Esta é a terceira vez este ano que as rendas das casas se mantêm estáveis. Assim, segundo o índice de preços do idealista, arrendar casa tinha um custo de 16,1 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de maio deste ano, tendo em conta o valor mediano. Já em relação à variação trimestral, a subida foi de 1,9% e a anual de 14,4%.
Arrendar casa: preços evoluem em diferentes velocidades nas grandes cidades
Olhando para as 14 capitais de distrito com amostras representativas, verifica-se que as rendas das casas desceram em quatro grandes cidades, nomeadamente Viseu (-8%), Coimbra (-4,6%), Setúbal (-1,6%) e Évora (-0,9%).
Por outro lado, os preços das casas para arrendar aumentaram no Funchal (5,7%), Aveiro (2,4%), Santarém (2,3%), Castelo Branco (1,5%), Leiria (0,8%) e Viana do Castelo (0,7%). Já no Porto (0,2%), Faro (0,2%), Braga (-0,4%) e Lisboa (-0,5%), os preços mantiveram-se praticamente estáveis nesse período.
Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 21,5 euros/m2. Porto (17,4 euros/m2) e Funchal (14,6 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (12,9 euros/m2), Aveiro (12 euros/m2), Setúbal (12 euros/m2), Évora (11,1 euros/m2) e Coimbra (11 euros/m2).
Já as cidades mais económicas para arrendar uma habitação são Castelo Branco (6,8 euros/m2), Viseu (7,2 euros/m2), Leiria (8,1 euros/m2), Santarém (8,3 euros/m2), Viana do Castelo (8,4 euros/m2) e Braga (9,2 euros/m2).
Rendas ficam 1% mais caras no distrito do Porto – e mantêm-se estáveis em Lisboa
Dos 17 distritos e ilhas analisados, as rendas das casas desceram em seis territórios: Viseu (-3,9%), Castelo Branco (-3,6%), Vila Real (-3,4%), Évora (-3,3%), Braga (-2,8%) e Coimbra (-2,1%). E mantiveram-se praticamente estáveis em Beja (0,5%), Leiria (0,1%), Faro (0,1%), Lisboa (-0,3%).
Por outro lado, os preços das casas para arrendar subiram em Portalegre (6,7%), ilha da Madeira (2,8%), Viana do Castelo (2,8%), Setúbal (1,9%), Santarém (1,3%), Porto (1%) e Aveiro (0,7%).
De referir que o ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (19,8 euros/m2), seguido pelo Porto (15,4 euros/m2), ilha da Madeira (14,2 euros/m2), Faro (13,6 euros/m2), Setúbal (12,8 euros/m2), Coimbra (10,5 euros/m2), Beja (10 euros/m2), Aveiro (9,8 euros/m2), Évora (9,7 euros/m2), Leiria (9,2 euros/m2), Braga (9,2 euros/m2) e Viana do Castelo (8,5 euros/m2).
Os preços mais económicos para arrendar uma habitação encontram-se em Vila Real (5,7 euros/m2), Portalegre (6,6 euros/m2), Viseu (6,9 euros/m2), Castelo Branco (7 euros/m2) e Santarém (7,9 euros/m2).
Preço do arrendamento estabiliza na Grande Lisboa e no Algarve
Durante o mês de maio, os preços das casas para arrendar subiram em quatro regiões do país. A liderar as subidas encontra-se a Região Autónoma dos Açores (6,8%), seguida pela Região Autónoma da Madeira (2,9%), Alentejo (0,7%) e Norte (0,6%).
Já no Algarve (0,1%) e na Grande Lisboa (-0,1%), as rendas estabilizaram. Por outro lado, os preços do arrendamento residencial desceram no Centro (-0,7%)
A Área Metropolitana de Lisboa, com 19,1 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar casa, seguida pela Região Autónoma da Madeira (14,1 euros/m2), Norte (14 euros/m2) e Algarve (13,6 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (9,2 euros/m2), a Região Autónoma dos Açores (9,8 euros/m2) e o Alentejo (10,3 euros/m2), que são as regiões mais baratas para arrendar uma habitação.
Índice de preços imobiliários do idealista
Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos m2 construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.
Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.
O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/arrendamento/
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