É mais um indicador que demonstra que comprar uma casa de luxo está mais caro um pouco por todo o mundo. Em Lisboa, por exemplo, muita coisa mudou em dez anos: em 2014, com um milhão de dólares era possível comprar uma casa com 187 metros quadrados (m2), mas em 2024, com o mesmo montante, só se conseguia adquirir um imóvel com 92 m2, ou seja, 51% mais pequeno. Em causa estão dados que constam no “The Wealth Report”, um relatório da Knight Frank, parceira em Portugal da Quintela e Penalva.
Segundo o estudo, o top 10 das cidades onde menos m2 se podem comprar com um milhão de dólares em 2024 é composto por:
- Mónaco (19 m2);
- Hong Kong (22 m2);
- Singapura (32 m2);
- Genebra (33 m2);
- Londres e Nova Iorque (34 m2);
- Los Angeles (37 m2);
- Paris (42 m2);
- Shanghai (44 m2);
- Viena (45 m2)
Lisboa surge na cauda da tabela, sendo possível, com um milhão de dólares, comprar uma casa de luxo com 92 m2. A capital portuguesa é, no entanto, uma das cidades onde o valor por m2 mais valorizou na última década.
“É apenas ultrapassada por Miami e pelo Dubai. Se em Miami um milhão de euros dava há dez anos para comprar 126 m2, hoje dá só para 58 e, no Dubai, se há uma década se compravam 188 m2, hoje apenas se compram, com o mesmo valor, 78 m2”, refere em comunicado a Quintela e Penalva | Knight Frank.
O estudo conclui ainda, por exemplo, que os preços do imobiliário residencial de luxo continuaram a registar uma trajetória ascendente em 2024, tendo amentado 3,6% em 2024, um valor ligeiramente acima do aumento registado no ano anterior (3,3%).
“Este ano fornecemos uma visão das mudanças no poder de compra ao longo da última década, mostrando até onde o mesmo orçamento teria chegado em 2014, bem como atualmente. A principal conclusão é o impacto do aumento de preços em mercados como Miami, Dubai e Lisboa e o impacto das correções de preços e das alterações cambiais em Londres, no Mónaco e em Nova Iorque”, refere Liam Bailey, diretor mundial de investigação da Knight Frank.
Já Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela e Penalva, salienta que “as localizações ‘prime’ na cidade de Lisboa têm ainda potencial de valorização nos próximos anos”. “Lisboa, Estoril ou Comporta tornaram-se destinos apetecíveis, com um ‘lifestyle’ vibrante e onde investidores ou pessoas com segunda ou terceira habitação querem ter um porto seguro, dado o contexto político-económico e geoestratégico mundial”, remata.
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