
A crise no acesso à habitação está a deixar marcas, havendo cada vez mais pessoas a recorrer às câmaras a solicitar apoio ao pagamento da renda. Muitos dos pedidos continuam, no entanto, sem resposta. Em Lisboa, por exemplo, estão submetidas cerca de 8.400 candidaturas no Programa de Arrendamento Apoiado, sendo que há cinco anos, em 2021, eram cerca de 5.200. No Porto, o número é inferior, fixando-se em 1.200.
Segundo o Público, que se apoia em dados das autarquias, há quem espere vários anos até conseguir uma casa digna que consiga pagar. E em muitos concelhos os pedidos de apoio à renda têm vindo a aumentar.
O Porto é o município do país com maior percentagem de casas sociais – 13% do edificado da cidade (no país a média é de 2%) –, mas a oferta é escassa para responder à procura, havendo lista de espera de 1.200 famílias. “Um pequeno aumento face à média dos últimos cinco anos, que anda nos 1.000 pedidos”, sendo que “muitas candidaturas são rejeitadas por não cumprirem os requisitos definidos pela autarquia”, escreve a publicação.
No caso de Lisboa, estão submetidas cerca de 8.400 candidaturas no Programa de Arrendamento Apoiado, quando em 2021 eram cerca de 5.200.
Num outro artigo, o Público adianta que as rendas em atraso nos parques de habitação municipais representam valores ainda avultados para algumas autarquias. Na capital, de acordo com dados da empresa municipal Gebalis, o valor ultrapassa os 40 milhões de euros, estando, no entanto, a diminuir. Já no Porto o valor é baixo, com a taxa de incumprimento a fixar-se em 3,43% (cerca de 450 agregados por mês), o que corresponde a um valor 150.800 euros por ano.
Em fevereiro, escreve o jornal, a Gebalis registava quase 44,8 milhões de euros em dívida total referente ao arrendamento de habitação municipal em Lisboa, um valor que representa uma redução de 516.000 euros em relação ao final de 2021. Segundo a empresa, os contratos em regime de renda apoiada têm um valor médio de 83,47 euros e os de renda acessível têm um valor médio de renda de 326,81 euros.
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