Comércio eletrónico

A pandemia da Covid-19 veio mexer a fundo com a dinâmica do mercado de trabalho e colocou em evidência algumas profissões que viram a procura a aumentar e os salários subir.

Impulsionada pela pandemia, e pela nova realidade, a Casa Peixoto, empresa nacional de comércio e materiais de construção, decidiu "consolidar o online como uma alternativa de complementaridade da suas lojas físicas". Para isso, lançou uma loja online, que inclui um vasto portfólio de produtos para a casa, mas também investiu no mercado profissional com o lançamento de uma nova “app” para clientes profissionais do setor da construção.

Fazer compras online, sem sair de casa, virou prática comum em Portugal e no mundo, tendo a pandemia da Covid-19 acelerado ainda mais essa tendência de consumo. Um cenário que impulsionou o “mundo” do comércio online e que parece não estar a passar ao lado dos operadores logísticos que operam no país. Muitos estão a procurar espaços/armazéns localizados nos arredores das cidades para conseguirem agilizar processos e, em última instância, despachar de forma mais rápida encomendas online.

Depois da saída anunciada, a Kingfisher, o grupo dono da cadeia Brico Dépôt, decidiu recuar na decisão e permanecer em território nacional, onde vai abrir a sua loja online, assegurando entregas em todo o país (exceto ilhas). Mike Foulds, CEO da Brico Dépôt Iberia, diz mesmo que Portugal "é um mercado atrativo” e que pretendem continuar a melhorar a oferta para os clientes nacionais.  

Muitas lojas já arrancaram com a febre louca dos descontos, que chega em força na “sexta-feira negra”. As promoções da Black Friday são atrativas, mas é preciso redobrar os cuidados, sobretudo na hora de fazer compras online. O aviso é para consumidores, mas também para as plataformas de comércio eletrónico: os ciberataques aumentaram 15% em comparação ao ano passado.

O fundo de investimento Blackstone acabou de fechar um acordo com a GLP, empresa de logística com sede em Singapura, para a compra de um conjunto de armazéns industriais nos EUA. O negócio foi fechado por 16,7 mil milhões.

As compras online reúnem cada vez mais “adeptos” portugueses. É uma tendência a ganhar terreno, segundo os resultados do estudo do Observador Cetelem eCommerce. Aquilo que antes não era sequer uma alternativa, é nos dias hoje uma primeira opção. O que leva os portugueses a fazer compras pela internet?

As compras online estão definitivamente na moda. Que o digam os portugueses, que são cada vez mais adeptos do e-commerce. O valor das compras online realizadas pelos portugueses mais que duplicou em oito anos: atingiu os 4,6 mil milhões de euros em 2017.

Fazer as compras no supermercado sim, mas na internet não. Os portugueses continuam a preferir o carrinho de compras ao rato do computador, pelo menos na hora de decidir que detergente querem em casa. A verdade é que só 9% dos consumidores fazem compras online, de acordo com o Observatório Shopper Experience, da in-Store Media.

Os consumidores portugueses ainda manifestam alguma resistência no que toca à compra de produtos online. Mas a desconfinça aumenta, – mesmo muito –, quando se trata da partilha ou comunicação dos seus dados pessoais a certas marcas ou sites de compra online. Cerca de 83% dos inquiridos nacionais não confia na segurança da partilha de dados, de acordo com o estudo lançado pelo Observador Cetelem.

O Oeste da Europa é a zona do continente onde mais dinheiro se movimenta através do comércio eletrónico (Ecommerce). Como é possível ver no gráfico, Reino Unido, Alemanha, França, Áustria e Holanda lideram o ranking.