
Os especialistas afirmam – e aconselham – a não consumir alimentos com bolor. E porquê? O bolor é um tipo de fungo que cresce em certos alimentos e que pode produzir substâncias nocivas, as chamadas micotoxinas. O ser humano não quer ter micotoxinas no seu interior e muito menos intoxicações alimentares ou outros problemas derivados.
Se encontrares bolor nos alimentos, a melhor solução é deitares fora o alimento inteiro, e não arriscares complicações para a tua saúde. É sempre melhor prevenir, do que remediar.
Alimentos com bolor: o que acontece se os comeres?
Consumir alimentos com bolor pode ter uma série de potenciais consequências, dependendo do alimento, do tipo de bolor, da sensibilidade e imunidade da pessoa que o consome.
1. Podes ter a infelicidade de ter uma intoxicação alimentar. O bolor pode produzir micotoxinas, as substâncias tóxicas que podem causar as ditas intoxicações alimentares. Presta especial atenção se tiveres sintomas como vómitos, náuseas, cólicas, diarreia ou febre posterior ao consumo do alimento com bolor.
2. É possível o aparecimento de problemas respiratórios. A inalação de esporos (unidades de reprodução das plantas, fungos e algas) de bolor que podem estar presentes na superfície dos alimentos pode causar certos problemas respiratórios, especialmente se for uma pessoa com asma ou certas desarmonias a nível respiratório.

3. As reações alérgicas não estão fora do baralho. Algumas pessoas podem ser alérgicas a certos tipos de bolor e não saberem. Quando é o caso, o consumo de tais alimentos com certo tipos de bolor pode trazer sintomas de reação alérgica como espirros, urticária, falta de ar ou comichão aguda.
4. Toxicidade. Se forem ingeridas em grandes quantidades, as micotoxinas mais perigosas podem desencadear uma toxicidade grave no organismo e ter consequências nefastas a longo prazo para a saúde.
5. Podem aparecer certas infeções fúngicas. O risco destas infeções pode aumentar principalmente se o teu sistema imunitário estiver mais fraco.
Claro que a gravidade dos sintomas depende de uma série de fatores e, na maior parte dos casos, se acidentalmente consumires uma pequena quantidade de um alimento com um bocadinho de bolor, é possível sentires uma ligeira reação gastrointestinal, nada de muito intenso, e os sintomas acabarão por desaparecer com a digestão.

Evitar que os alimentos ganhem bolor: dicas essenciais
1. A coisa mais básica e que nunca mas nunca te deves esquecer: verificar as datas de validade dos alimentos antes de os comprar. Evita produtos cuja data de validade esteja prestes a caducar ou que já esteja ultrapassada.
2. Quando comprares produtos frescos, inspeciona-os como um verdadeiro detetive. Frutas e legumes especialmente, procura sempre sinais de bolor, tais como manchas descoloridas ou difusas. Opta por produtos com um aspeto fresco e sem estarem estragados ou danificados de alguma forma.
3. O armazenamento dos alimentos de forma correta é realmente importante e crucial para evitar o crescimento de bolor. O melhor é manteres os produtos perecíveis – como a fruta, legumes, pão e produtos lácteos – protegidos no frigorífico à temperatura adequada. Investe também nos recipientes de vidro e herméticos para manter a humidade longe deles e evitar o crescimento de bolor.
4. O primeiro a entrar é o primeiro a sair: esta regra de ouro é a melhor para colocares em prática na tua cozinha. Quando fores às compras e abasteceres a despensa e o frigorífico, utiliza primeiro os artigos mais antigos e vai avançando sempre do mais antigo para o mais recente. Assim, evitarás o desenvolvimento de bolor pelo facto de os alimentos estarem parados demasiado tempo.

5. Tem sempre a cozinha limpa e higienizada. As bancadas, o frigorífico, os recipientes são destinos perfeitos para os esporos de bolor se desenvolverem. Aposta na limpeza e higiene e ganha com alimentos sem bolor.
6. Não deixes os alimentos fora do frigorífico ou fora de casa (no quintal ou jardim, por exemplo) durante muito tempo. Os alimentos que são deixados à temperatura ambiente durante longos períodos de tempo podem desenvolver bolor de uma forma muito mais rápida e às vezes nem damos conta.
7. Usa o congelador, que é para isso que ele serve: congela os alimentos excedentes que saibas que não vais consumir em tempo útil. O congelamento pode preservar os alimentos e evitar o crescimento de bolor.
8. Tem cuidado com a humidade – investe na ventilação. Com uma ventilação adequada, a humidade não te vai bater à porta. E porquê? Porque a humidade elevada pode favorecer o crescimento de bolor nos alimentos.

Bolor nos alimentos: as exceções à regra
Existem algumas exceções em que o bolor é utilizado de forma intencional como sendo parte do processo da produção alimentar. Quando assim é, os alimentos são seguros para consumo e não temos de nos preocupar com a presença de bolor. Alguns exemplos desse tipo de alimentos:
1. Queijo: todos conhecemos o famoso queijo com bolor. O queijo azul, o queijo camembert ou gorgonzola têm a presença de bolor, que é introduzido durante o processo do envelhecimento do queijo. E é graças ao bolor que os queijos ganham sabores inigualáveis e deixam muitas famílias felizes.

2. Salame, salsichas e outras carnes curadas a seco: certas carnes curadas a seco podem desenvolver, durante o seu processo de cura, um revestimento protetor de bolor “amigo”. Este bolor pode ser ingerido ainda que a camada seja normalmente removida antes do consumo. Mas o importante é saber que é comestível.
3. Alimentos fermentados: este tipo de alimentos podem desenvolver um nível superficial de bolor e desde que o bolor faça parte do processo de fermentação e não seja um sinal de deterioração dos componentes dos alimentos, o seu consumo é seguro.
Ainda que existam estas exceções, é sempre melhor jogares pelo seguro e teres cuidado quando encontras bolor nos alimentos lá de casa. Tenta ao máximo aplicar estes conselhos para te tenhas uma alimentação saudável e alimentos sem bolor.
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