Admitem um ajustamento no prazos face ao contexto de pandemia, mas rejeitam virar as costas à cotação em bolsa.
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Empresas do imobiliário candidatas à bolsa de Lisboa não recuam por causa da Covid-19  
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A admissão da socimi espanhola Merlin Properties na bolsa de Lisboa, no arranque de 2020, deixou a porta aberta a novas cotadas do setor imobiliário que, apesar dos tempos de incerteza, por causa da pandemia do novo coronavírus, mantêm os planos de vir a cotar na Euronext Lisbon. Estão só à espera do melhor momento, garantem, ainda que admitam um ajustamento nos prazos.

Já no final do ano passado, e depois do sucesso no país vizinho com a socimi Olimpo Real Estate, lançada em fevereiro de 2017, o Bankinter e a Sonae Sierra decidiram replicar o modelo em Portugal, criando a primeira Sociedade de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI), a Ores Portugal. Fonte oficial da SIGI disse, de resto, ao ECO, que empresa “será listada na Euronext Lisbon em 2020, como aliás decorre da lei”, um vez que o regime obriga a que a sociedade de investimento seja cotada até um ano após a sua criação. E porque ainda há margem de manobra, e por causa da Covid-19, a Ores está só à espera do “momento mais oportuno para o fazer”, segundo as declarações ao jornal.

Na mesma situação está a VIC Properties. A promotora imobiliária continua interessada em vir a ser cotada na bolsa, estando igualmente a aguardar o melhor momento para dar início ao processo. “Todos os nossos objetivos se mantêm. Naturalmente que todos eles têm de ser ajustados face ao momento que o mundo atravessa e que todos desconhecemos quando tempo poderá demorar”, garantiu Luís Gamboa, COO da VIC Properties, à mesma publicação.

O responsável garante, aliás, que a empresa continua a trabalhar e concretizar negócios que já estavam em marcha antes da pandemia, considerando existir “cada vez mais a perceção de que o ativo imobiliário terá uma volatilidade diferente de outro tipo de investimento”, e que, por isso, o interesse no setor deverá manter-se.

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