Comprar casa própria é o objetivo de muitas famílias portuguesas. E o mercado financeiro parece convidá-las, apresentando as taxas de juros mais baixas de sempre.
Os preços do mercado imobiliário de Hong Kong estão em alta. E, desta vez, foi registado mais um recorde: um lugar de estacionamento foi vendido por 1,3 milhões de dólares americanos (o equivalente a 1.090.000 euros à taxa de câmbio atual). Este espaço situa-se no empreendimento residencial de luxo Mount Nicholson.
O governador do Banco de Portugal considera que a situação atual de crise requer acompanhamento ao setor imobiliário, depois de a instituição ter alertado para o risco que tem para a economia e para o sistema financeiro o cenário de correção dos preços das casas, que continuaram a aumentar em pandem
Os principais indicadores imobiliários em algumas das maiores economias do mundo estão a aproximar-se perigosamente do risco de bolha imobiliária no atual período pós-pandémico, de acordo com um estudo da Bloomberg Economics. Nova Zelândia, Canadá e Suécia apresentam os índices mais preocupantes.
Nem a crise do coronavírus, nem a recessão económica global histórica fizeram os fantasmas da bolha imobiliária desaparecerem de algumas das maiores metrópoles do planeta.
A torneira do crédito à habitação voltou a estar aberta, com os bancos a emprestarem 956 milhões de euros para a compra de casa em novembro de 2019, mais 35 milhões que no mês anterior. Para Luís Lima, presidente da APEMIP, “não há crédito à habitação a mais”. Há, sim, “casas a menos”. “E as poucas que há não podem ficar completamente inacessíveis a quem delas precisa”.
Os agregados familiares da Grande Lisboa superam, em termos médios, os 35% de taxa de esforço com habitação, recomendados pelas autoridades. Na cidade de Lisboa, o esforço para compra de uma casa estava no final de 2018 nos 58% e no caso do arrendamento subiu para os 67%.
Os preços das casas dispararam em Portugal nos últimos anos – os recentes dados do INE e do idealista confirmam-no –, nomeadamente em Lisboa. A capital não consta, no entanto, no ranking das 24 cidades mundiais com maior risco de passar por uma bolha imobiliária.
Em Portugal - à semelhança de outros 12 países europeus - existe um risco médio para o mercado imobiliário. O diagnóstico foi traçado pelo Comité Europeu do Risco Sistémico (CERS) e revelado num relatório do supervisor tornado público esta semana.
No Dubai, a cidade mais luxuosa dos Emirados Árabes Unidos (EAU), os preços no setor imobiliário registaram uma queda de 27% em cinco anos, devido ao excesso de oferta imobiliária que contrasta com um crescimento económico lento.