Foram concedidos 2.494 milhões de euros no segundo trimestre de 2020 – em plena pandemia –, menos que no período homólogo (2.577 milhões).
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Pandemia abranda crédito da casa no 2º trimestre: bancos emprestaram 833 milhões em junho
Marina Maliutina on Unsplash

O negócio do crédito à habitação esteve ao rubro durante o início do ano, tendo a concessão abrandado a partir de abril, mês já marcado pela pandemia da Covid-19. Em junho, os bancos emprestaram 833 milhões de euros para a compra de casa, ligeiramente mais que em maio (830 milhões) e em abril (831 milhões), segundo dados do Banco de Portugal (BdP). Um montante, portanto, bem inferior ao registado em janeiro (977 milhões), fevereiro (919 milhões) e março (952 milhões).

Trata-se, também, de um valor inferior ao verificado no período homólogo, já que em junho de 2019 os bancos concederam 848 milhões de euros em crédito à habitação. O ano passado fica, no entanto, marcado por um número record, visto que em dezembro foram concedidos 1.113 milhões de euros para a compra de casa, sendo preciso recuar mais de 11 anos, até julho de 2008, para encontrar um montante mensal superior (1.205 milhões de euros).

Em termos semestrais, os bancos emprestaram este ano, entre janeiro e junho, 5.342 milhões de euros para a compra de casa, mais 8,4% que os 4.926 milhões financiados nos mesmos seis meses de 2019. 

De referir, ainda, que o valor concedido pelos bancos no primeiro trimestre do ano (2.848 milhões de euros) é bem superior (+21%) ao emprestado nos mesmos três meses de 2019. Ou seja, até março, o crédito à habitação ainda não refletia o impacto da pandemia. O mesmo não se pode dizer dos dados relativos ao segundo trimestre de 2020, que já sentiu os danos colaterais da Covid-19: foram emprestados 2.494 milhões de euros, menos que no período homólogo (2.577 milhões de euros).

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