Compras em segunda mão online: como fazer bons negócios e em segurança

Comprar artigos em segunda mão online é um fenómeno que está a conquistar cada vez mais adeptos em Portugal, havendo várias plataformas onde é possível fazer este tipo de transações. Uma tendência que ganha força tendo em conta o contexto atual, marcado por alta taxa de inflação e consequente perda de poder de compra. Mas há cuidados a ter na hora de optar por este tipo de negócios, de forma a fazer compras que permitam poupar no orçamento, mas sem descurar a segurança. Explicamos tudo sobre este tema no artigo desta semana da Deco Alerta. Toma nota.    

A rubrica semanal Deco Alerta é assegurada pela Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor* para o idealista/news e destina-se a todos os consumidores em Portugal.

Desde o período de confinamento que faço todas as compras online. Ultimamente, e sempre com o propósito de poupar, tenho procurado compras em plataformas que vendem artigos em segunda mão. Porém, tenho algumas reservas quanto à segurança destas compras. O que me aconselham?

Quando optas por comprar através da internet, precisas, em primeiro lugar, saber a quem estás a comprar: 

• Loja online – website que permite realizar todo o processo de compra e venda de produtos ou fornecimento de serviços, desde a escolha até ao pagamento. Oferece um conjunto de informações relevantes e objetivas como preço, especificações, formas de pagamento, prazos de entrega, etc., auxiliando o consumidor/utilizador a adquirir um produto ou serviço com segurança e conforto em qualquer parte do mundo, recebendo os produtos encomendados em sua casa ou noutro local da sua escolha;
• Marketplace – um serviço com recurso a software, nomeadamente um sítio web, parte de um sítio web ou uma aplicação, explorado pelo profissional ou em seu nome, que permita aos consumidores celebrar contratos à distância com outros profissionais ou consumidores;
• Vendedores online/vendedor profissional – qualquer pessoa singular ou coletiva que atue no âmbito da sua atividade comercial, industrial, artesanal ou profissional;
• Vendedor particular - aquele que realiza uma venda esporádica, com caráter não profissional. 

Foto de Andrea Piacquadio on Pexels

As plataformas de comércio online e os vendedores têm a obrigação de transmitir ao consumidor a sua qualificação como profissional ou particular, de modo que este possa ter conhecimento acerca da aplicação ou não das regras de proteção do consumidor ao seu contrato de compra e venda na internet.

Depois de identificares o vendedor, é importante que sigas alguns cuidados para não comprar “gato por lebre”.

• Identidade do vendedor: o nome, a empresa ou denominação social; o endereço físico onde se encontra estabelecido, o número de telefone e o endereço eletrónico;
• Termos e Condições da plataforma;
• Características do bem e serviço. Pedir fotografias detalhadas e solicitar informação adicional para avaliar o estado do produto;
• Preço total com imposto, taxas, encargos suplementares de transporte, despesas postais ou de entrega ou outros encargos;
• Optar (se possível) pela entrega do artigo em mão - combinar um encontro entre vendedor e comprador. Isso permite confirmar, antes de efetuar a compra, o estado de conservação do bem;
• Confirmar junto do vendedor se aceita devolução do bem (por exemplo, se se tratar de uma peça de vestuário que não serve) e quem suporta os custos de devolução.

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