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Sabes o que tens de fazer para acabar com os cartões de crédito?

Artigo escrito por joao.raposo@reorganiza.pt, partner da Reorganiza, para o idealista/news, no âmbito da rubrica “Trocado por Miúdos”.

O tempo de férias é muitas vezes um tempo de maior utilização do cartão de crédito. Provavelmente fizeste despesas extraordinárias e nem sempre conseguiste suportá-las sem ser com o recurso ao cartão. Aliás, o aliciamento para a utilização do cartão é de tal forma persuasivo que com eles vêm inúmeras ofertas e descontos associados.

A utilização recorrente do cartão de crédito pode acarretar elevados custos, nomeadamente se o pagamento não é feito na modalidade de 100%. Isto é, nos casos em que optas por pagar um determinado valor de forma fracionada (50%, 25%, 10%, 5%) estás a contrair um crédito ao consumo no preciso momento da compra.

Se és um dos milhares de portugueses que tem demasiados cartões de crédito e queres terminar com eles, podes atuar de duas formas distintas: consolidar ou amortizações parciais.

Se tiveres a possibilidade de fazer um crédito consolidado para terminar com os montantes em dívida dos cartões de crédito estás certamente a fazer um bom negócio. As taxas de juro dos cartões são, na generalidade dos casos, sempre superiores a 20% e num crédito consolidado é possível obteres uma taxa de juro na ordem dos 12%-14%. Ou seja, de cada vez que pagas uma prestação do cartão de crédito estás a “dar” ao credor 20% do valor da prestação, quando no caso do consolidado pagas um juro menor. Ou seja, aquele dinheiro em dívida vai sair mais barato.

Como decidir qual o cartão que deves terminar primeiro?

No caso de não ser possível a consolidação podes sempre optar por amortizações antecipadas. Para isso deves ter em consideração que faz mais sentido começar por liquidar o cartão que tem a taxa de juro mais elevada. Mesmo que o montante em dívida não seja o mais elevado, a verdade é que aquele valor é o que está a custar-te mais. Pois, como foi dito acima, cada prestação que estás a pagar desse cartão tem juros mais elevados e por conseguinte, mais tempo demoras a acabar com o montante em dívida.

Quando conseguires terminar de pagar o primeiro cartão, então deves continuar este exercício de amortização fazendo o mesmo com o segundo cartão de taxa mais elevada. Cada vez vai sendo mais fácil pagar o cartão seguinte, pois com o valor que pagavas no cartão que deixaste de ter, podes e deves ir fazendo pagamentos mais avultados nos outros cartões.

Claro que este processo não se faz de um dia para o outro, mas a verdade é que por vezes, num ano apenas, consegues libertar-te de todos os cartões e assim passares a viver com o dinheiro que realmente dispões. 

Neste início de ano letivo procura definir prioridades que te ajudem a reduzir o endividamento. Para isso, podes começar por consultar o teu mapa de Responsabilidades de Crédito que está disponível no site do Banco de Portugal. Neste artigo podes relembrar como saber ao certo como estão os teus créditos.

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