Os três dias iniciais que tradicionalmente não estão cobertos por subsídio de doença serão pagos pela Segurança Social.
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Coronavírus: os direitos dos trabalhadores em quarentena 
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Os trabalhadores, dos setores público e privado, que venham a estar de quarentena para evitar riscos de contágio por causa do coronavírus receberão 100% do salário a partir do primeiro dia. O pagamento integral das remunerações será assegurado pela Segurança Social, segundo as declarações da ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho. Vai proceder-se à "aplicação do regime que está previsto na lei para a doença da tuberculose", de acordo com a governante.

Ana Mendes Godinho adiantou, em entrevista à TSF, que “os trabalhadores do setor privado e do setor público terão exatamente o mesmo tratamento relativamente ao período necessário para o isolamento“, garantindo que, em ambos os setores, os trabalhadores vão receber “100% do salário".

Segundo garantiu a governante, “os três dias iniciais que tradicionalmente não estão cobertos por subsídio de doença” serão pagos, para que os doentes sejam abrangidos “desde o primeiro dia”.

O esclarecimento de Ana Mendes Godinho surge depois da ministra Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, ter dado esta garantia para o setor público, e na sequência das dúvidas levantadas a partir das declarações do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, esta segunda-feira (2 de março de 2020), que falava de uma compensação financeira equivalente à baixa médica por internamento.

O primeiro-ministro, António Costa, já tinha vindo dizer que seria acionado um mecanismo legal para garantir o pagamento dos salários dos trabalhadores que pudessem vir a ficar em casa por prudência. Após uma visita ao centro de contacto Saúde24, em Lisboa, no dia em que foram confirmados os primeiros casos de infeção, em Portugal, com o novo coronavírus (Covid-19) – esta segunda-feira, 2 de março de 2020 -, o líder do Governo de esquerda referiu um "tratamento igual para todos".

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