“venda antecipada” ajuda incumpridores a não perderem a casa para o banco

15 Março 2012, 11:14

a imobiliária century 21 apresentou um novo programa, designado “venda antecipada”, que visa ajudar as pessoas que estão com “dificuldades financeiras e com falta de capacidade para assumir o seu compromisso com o crédito à habitação que têm contratado”. a garantia é deixada por ricardo sousa, administrador da imobiliária, em declarações ao jornal de negócios (jdn)

segundo o responsável, a ideia da mediadora avançar com este programa nasceu pelo facto de haver uma “maior necessidade” por parte de muitas famílias de vender a sua casa, sendo que muitas “têm uma dívida ao banco superior ao valor” do próprio imóvel

ricardo sousa adianta que o objectivo do programa “venda antecipada” passa por ajudar as famílias em situação de incumprimento a encontrarem opções que evitem a execução de hipotecas, por parte da banca. “o que queremos é trazer para portugal uma prática de mercado que já está a ser executada noutros países: passa por vender antecipadamente o imóvel antes da sua execução ou dação. com isto conseguirmos minimizar os custos de execução que o banco tem durante o processo, entre 25 a 40% do valor do imóvel. para as famílias, conseguimos evitar o efeito de execução e que fiquem com registos no banco de portugal. conseguimos de forma antecipada resolver o problema destas famílias”, explica

para saberes mais informações sobre o programa “venda antecipada”, bem como veres um vídeo explicativo sobre o mesmo, clica neste link

Artigo visto em

vídeo: novo programa ajuda famílias a evitar execução de hipoteca

1 Comentários:

Quando a lógica e a razão não estão em sintonia, um grave erro estará sendo alimentado.
O sistema financeiro promoveu contratações em catadupa, isto é, em quantidades torrentes, onde o volume de negócios permitiu margens para a “apropriação” de cotas apetecíveis de mercado.
Milhares de famílias portuguesas acreditaram na mensagem expansionista, o regulador deixou tudo e todos prevaricarem. Neste momento a banca não assume a depreciação dos activos que serviram de base para as contracções, deixando ao cidadão comum o ónus da perda de valor da coisa comum que alavancou a operação.
O incauto do cidadão perdeu o emprego, perdeu a fé, perdeu a dignidade… e perdeu a casa. Mas injustamente não perde à divida.
Quando a lógica e a razão não…