Em entrevista ao idealista/news, o presidente do recém-criado Lionesa Group, explica os segredos de atrair talento para o Norte.
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Escritórios no Norte
Pedro Pinto, presidente do Grupo Lionesa Lionesa Group

As novas tecnologias vieram para ficar. E estão a revolucionar as empresas de tal forma que, hoje, é possível trabalhar a partir de qualquer canto do mundo. Aqui, o grande desafio de Portugal passa por atrair e reter talento, porque é onde os jovens qualificados querem viver e trabalhar fisicamente, que as empresas procuram escritórios para se instalar. E toda esta dinâmica acaba por contribuir para o desenvolvimento da economia e da sociedade. Neste contexto, a Lionesa está um passo à frente. Há 20 anos que está comprometida em desenvolver espaços de trabalho que tornem as pessoas mais felizes e produtivas. E agora, com a criação do Lionesa Group em setembro deste ano, pretende ir mais longe ao construir um “Norte para a Felicidade”, que crie laços entre o talento, a cultura, a arte e o património. Com que objetivo? Para que, até 2025, todos estes polos possam "provar, em uníssono, que o Norte de Portugal é o lugar mais feliz do mundo para se viver”, explica Pedro Pinto, presidente do Grupo Lionesa, em entrevista ao idealista/news.

Há já duas décadas que a Lionesa tem trabalhado em torno da “promoção da felicidade corporativa”, sobretudo através do Lionesa Business Hub. Esta ação foi motivada pelo elevado risco de ‘burnout’ que existe em Portugal em comparação com outros países da União Europeia, aponta o gestor.

“A nossa paixão pela felicidade corporativa tornou-se numa missão para atrair e reter talento no nosso país”, Pedro Pinto, presidente do Grupo Lionesa

Mas durante a pandemia instalou-se um “vazio” no Norte do país, que reforçou a “necessidade de transformar o território”, detalha o presidente do Lionesa Group. “O facto de, durante os anos pandémicos, termos continuado a captar e a multiplicar valor, pessoas e ideias mostrou-nos como é imperativo o Norte de Portugal continuar a apostar em ser um território para o talento, um polo internacional criador, aglutinador e distribuidor da economia da felicidade”, argumenta Pedro Pinto.

Foi por isso mesmo que a Lionesa decidiu apresentar-se, no passado dia 29 de setembro, enquanto entidade corporativa, o Lionesa Group, que reúne investimentos, talentos e parceiros. E mobiliza recursos para construir um “Norte para a Felicidade”, que é o mote do seu posicionamento institucional e que reúne várias áreas:

  • Talento: com o Lionesa Business Hub, situado na vila Leça do Balio (município de Matosinhos, Porto), que reúne 120 empresas e 7.000 trabalhadores de cerca de 50 nacionalidades;
  • Cultura: com a Livraria Lello;
  • Património: com o Mosteiro de Leça do Balio;
  • Arte: com o Caminho da Arte, um projeto em marcha que vai conectar o Porto a Santiago de Compostela através da arte contemporânea.

Esta é a grande aposta do Lionesa Group para continuar a atrair talento para o Norte do país. Mas como é que a felicidade corporativa é trabalhada dentro e fora dos seus espaços de trabalho? Que projetos tem o novo grupo na manga para atrair ainda mais talento para o país? E como está o projeto de expansão do Lionesa Business Hub, que vai criar novos edifícios de escritórios, unidades de coliving e ainda novos espaços ao ar livre? Pedro Pinto, presidente do Grupo Lionesa, respondeu a estas e outras questões em entrevista ao idealista/news que, agora, reproduzimos na íntegra.

Escritórios no Norte
Lionesa Group

 

A Lionesa apresentou-se pela primeira vez como grupo empresarial no passado dia 29 de setembro. Porque é que resolveram dar este passo? O que muda para a Lionesa?

O vazio gerado no território pela pandemia veio provar-nos como fazia sentido dar maior legibilidade à necessidade de transformar o território. O facto de, durante os anos pandémicos, termos continuado a captar e a multiplicar valor, pessoas e ideias mostrou-nos como é imperativo o Norte de Portugal continuar a apostar em ser um território para o talento, um polo internacional criador, aglutinador e distribuidor da economia da felicidade.

E, assim, fazia sentido o grupo, que na verdade começou há já 20 anos e nos últimos anos tem ampliado a sua área de intervenção, apresentar-se à comunidade como o principal advogado desta causa, da causa de “Um Norte para a Felicidade”. Acreditámos no território, no Porto, no Norte e no país como capazes de, finalmente, não chegar atrasados às próximas revoluções industriais e, assim sintonizarmos com as mais dinâmicas regiões do globo.

Querem desenvolver uma estratégia focada na felicidade, talento, cultura, património e arte. Como é que vão fazê-lo?

O Grupo Lionesa, enquanto entidade corporativa que reúne investimentos, talentos e parceiros, mobiliza recurso e talentos para construirmos um “Norte para a Felicidade”, mote do nosso posicionamento institucional, seja na área do Talento (Lionesa Business Hub), na área da Cultura (Livraria Lello), na área do Património (Mosteiro de Leça do Balio) e na área da Arte (Caminho da Arte). Daí os “Nortes" que nos inspiram, sempre sublinhando como criamos valor a partir da economia criativa do Norte.

No Porto diz-se muito, e bem, “cada um é que cada qual”. Assim o percebemos e assim o praticamos. Não sobrepondo o grupo à identidade e vocação de cada unidade, mas dando um corpo coerente à missão de cada uma como contributo para a visão de grupo.

Porque é que consideram “crucial aliar o empreendedorismo à arte e à cultura”? Quais as estratégias desenhadas para fazê-lo?

No Grupo Lionesa acreditamos que é crucial aliar o empreendedorismo à cultura e à arte, apostar na captação de investimento estrangeiro e de agentes culturais para assim continuarmos a crescer de forma sustentada e a importar talento – o grande motor da nossa economia, o motor indispensável de qualquer economia com futuro.

Um território para ser atrativo e ter futuro tem de se diferenciar. Para se diferenciar tem de ter identidade e para ter identidade precisa de memória que não o aprisione, mas, ao contrário, que lhe dê bases e força para reconstruir essa memória, adaptando-a ao presente e ao que se intui que aí vem.

Espaços de trabalho flexíveis
Lionesa Group

A felicidade no trabalho é hoje um tema central. Como é que a relacionam com a produtividade dos trabalhadores?

O grupo, sobretudo através do Lionesa Business Hub, tem já duas décadas de trabalho em torno da promoção da felicidade corporativa. E fazemo-lo porque, recorrentemente, Portugal emerge como o país da União Europeia onde o risco de ‘burnout’ é maior.

Tínhamos de agir, tomando ações para melhorar o futuro do talento e, claro, para partilhar o conhecimento adquirido em rede com cada uma das mais de 120 empresas que nos escolheram para acolher e estimular o talento que recrutam.

Temos uma gestora de felicidade da comunidade, medimos os índices de felicidade desta dinâmica comunidade de 7.000 pessoas de meia centena de nacionalidades. A nossa paixão pela felicidade corporativa tornou-se numa missão para atrair e reter talento no nosso país. Esta mesma paixão levou-nos também a criar a uma ‘framework’ de felicidade que vai desde os espaços físicos até às relações interpessoais. Por exemplo no corredor central, que dá acesso as entradas dos escritórios, foi pensada uma recriação de espaços universitários. Segundo a Forbes, cerca de 82% das empresas sugere que os recém-licenciados se sentem perdidos no espaço de trabalho, o objetivo aqui foi facilitar a transição para o mercado de trabalho.

Quais são os ativos imobiliários que inclui o Grupo Lionesa?

O Lionesa Business Hub é um negócio baseado no talento e que, por isso, não pode nunca dispensar que o território onde acontece seja um território de felicidade tal que atraia e fixe esse mesmo talento.

Portugal precisa de mais pessoas, de melhores profissionais numa conjuntura em que, no mesmo momento em que o mundo chega aos 8 mil milhões de habitantes, Portugal perde cada vez mais população. Este é o nosso maior ativo. As pessoas que atraímos e as pessoas que fixamos. Por isso mesmo, diversificámos e investimos em espaços e tempos de trabalho que sejam plataformas de projeção interna e afirmação externa de cada uma das empresas que nos escolhem.

Plataformas assentes na competitividade, na formação, na cultura, no património, na arte e na qualidade de vida que são, na verdade, um espelho certo à necessidade que os talentos jovens têm de se inserirem em ambientes profissionais e em contextos pessoais (em “cidades empresariais” e em “cidades pessoais”), que sejam o seu espelho. Que reflitam a sua individualidade na cultura interna. Que ofereçam uma cultura que os agregue uns aos outros e, ao mesmo tempo, os acolha como únicos. Que os console e que os desafie.

Daí que, como grupo, tenhamos aproveitado a fantástica energia criativa e escala amigável do Porto e lhe tenhamos injetado cultura empresarial e cultura dirigida aos novos recursos humanos empresariais. Isto vê-se dentro do nosso Lionesa Business Hub, no corredor central e em todos os seus espaços comuns; como se vê mesmo ao lado no Mosteiro de Leça do Balio; como se vê no centro do Porto na Livraria Lello, e como se verá aqui e ali num futuro próximo com o Caminho da Arte que nos ligará a Santiago, e, no núcleo mais histórico da cidade, o Loureiro e a joia nacional que é o Teatro Sá da Bandeira. Até 2025, teremos todos estes polos a provarem em uníssono que o Norte de Portugal é o lugar mais feliz do mundo para se viver.

Cultura no Norte
Livraria Lello Lionesa Group

De que forma é que os novos projetos da Lionesa (como é exemplo o Caminho da Arte), vão tornar os trabalhadores dos vossos centros de escritórios no Norte mais felizes e motivados?

Seja no Lionesa Business Hub, no Monumento Nacional que lhe é vizinho, o Mosteiro de Leça do Balio, ou no Caminho da Arte, é o pensar território e dar-lhe novos e mais amplos horizontes. Com o Caminho da Arte pensamos agora num horizonte transfronteiriço.

Esta aposta na Arte e na Cultura faz nascer momentos que nos permitem desligar, ter contacto com outras realidades, expandir horizontes e alimentar a criatividade. É também através da arte e da cultura que conseguimos conhecer o território e as suas raízes e a eles criar uma ligação emocional, construindo um sentido de pertença e identidade que são pilares a partir dos quais se torna possível erguer uma comunidade de felicidade.

No caso do Caminho da Arte, um projeto que pretende conectar o Porto a Santiago de Compostela através da arte contemporânea, e assim criar o maior palco de arte do mundo, com mais de 260 km, vemos aqui também um instrumento poderosíssimo ao dispor das direções de recursos humanos e dos mecanismos de motivação de equipas que, finalmente, as empresas valorizam.

Os Caminhos de Santiago são, acima de tudo, uma viagem espiritual e, como tal, o objetivo é readaptar os indutores que existem ao longo do caminho capacitando-o para o desenvolvimento do trabalho dos recursos humanos, que hoje têm a obrigação de promover e garantir a saúde mental dos colaboradores.

Cada vez mais os escritórios são vividos fora de portas, sendo os momentos de encontro chave para aproximar as equipas da cultura empresarial e desenvolver o sentido de propósito. O Caminho da Arte é também isto, uma resposta inovadora e efetiva à necessidade de criar uma ferramenta capaz de apoiar os recursos humanos neste caminho de criar momentos perfeitos para conversas mais intimistas, pensar e planear a mudança, tomar decisões, promover espírito de equipa, trabalhar o sentido de propósito, até eventos anuais.

Trabalhar no Norte
Lionesa Group

Consideram que o talento é um “grande motor da economia do Norte”. Porquê? Quais são as necessidades dos trabalhadores mais jovens? Como é que as vossas instalações se estão a adaptar a estas novas necessidades?

Temos uma relação próxima do tecido do ensino superior, tendo celebrado protocolos com instituições como a Universidade do Porto, a 42 Porto, o ISCAP, o ISMAI, a Católica, entre outras. Estes protocolos de cooperação têm como objetivo aproximar o talento às empresas, bem como dar a conhecer a realidade do mercado de trabalho para facilitar a transição.

O Lionesa Business Hub dá a conhecer:

  • oportunidades de estágio curricular e profissional;
  • promove eventos de ‘network’ com as empresas do campus para que os alunos fiquem a conhecer os projetos;
  • oportunidades de carreira, cultura organizacional e perfis perspetivados por cada empresa.

Os alunos são ainda convidados a marcar presença, sempre de forma gratuita, em todas as conferências que organizamos ou onde estamos presentes como o Happiness Camp ou o QSP Summit.

Se há talento pelo conhecimento e se o talento é estimulado a viver e trabalhar aqui, as empresas não demoram a acompanhar este movimento e a instalarem-se no Norte e, a partir de aqui, trabalharem para todo o planeta. É o talento, hoje mais do que o preço ou a geografia, que decide onde uma empresa se situa, sobretudo se atuar globalmente na indústria 5.0. No Lionesa Business Hub estão, sobretudo, profissionais na casa dos 25 aos 30 anos, gerações reconhecidamente sempre à procura de projetos onde possam provar o seu valor.

Há um desejo de mudança, mas que pode não ser forçosamente de mudança de emprego ou de local se um e outro admitirem espaço e formas de o seu colaborador se realizar pessoal e profissionalmente, crescendo e mudando ele também.

Também, e por isso aí colocamos tanta ênfase, que encontrem um ambiente sustentável e ecológico, culturalmente participado, criativamente desafiador e que, tudo somado, seja uma comunidade onde as pessoas se encontrem e partilhem, seja no corredor central, nos ‘after works’, em ‘talks’, conferências, ou nas aulas de surf e ioga.

"Na forma como vemos a aproximação entre gerações, o catalisador é sempre um elemento comum pessoal e não geracional"

Como se trabalha a felicidade e motivação das gerações mais experientes? E a integração geracional?

A felicidade constrói-se e cuida-se como uma casa. Precisa de alicerces, de ser desenhada, pensada. Só depois é construída. E ainda só mais depois pode ser casa. Fazendo-o, estamos em condições de abrir as janelas e olhar para fora para perceber quem são as pessoas que, hoje, estão no mercado de trabalho. Cada uma delas traz-nos um cabaz de características pessoais e de metodologias de trabalho absolutamente único, que não é um peso, antes é uma vantagem que as organizações têm de ser capazes de incorporar no seu valor. 

Há, apesar desta individualidade, identidades globais que conseguimos identificar em cada uma das últimas gerações, a X, a Y e a Z. Sendo parte importante deste molde consolidado nos longos 5 ou 6 anos que passamos em ambiente académico talvez haja espaço e pertinência para que a academia pense e problematize esta coexistência e como ela se articula ou conflitua e, consequentemente, como se pode articular cada vez melhor e conflituar cada vez menos. 

No Lionesa Bussiess Hub há muito que temos este debate e que agimos em conformidade. Como a felicidade nos é um tema absolutamente central e, portanto, precisa de ser acompanhado, medido e comparado, a parceria com a Heartcount vai-nos permitir saber quão felizes somos e como é que as ações implementadas estimulam cada segmento da nossa comunidade, seja a nível étnico, geracional ou mesmo de género. A partir desta informação iremos ajustar as atividades promovidas ao longo do ano. No entanto sabemos que a média de idades da nossa comunidade se situa entre os   25 – 30 anos, pelo que o grande foco no último ano tenha sido para com os millennials. 

Não obstante todas as iniciativas são pensadas de forma inclusiva. Por exemplo, organizamos 'after works' com conceitos diferentes. O The Reunion, em parceria com a SuperBock, com um 'mood' mais festivaleiro e jovem. E o OPO Networks, em parceria com a Taylors, pensado para outro segmento com um 'mood' de network mais formal. O cartão de benefícios, o HelloCard, também aposta estrategicamente em diferentes parceiros, desde hotéis como o Selina ao Sheraton, a espaços culturais como o Museu da Misericórdia do Porto, ou a desportos radicais como o Kartódromo.  

Os serviços disponíveis vão ao encontro de todos os estilos de vida, por isso apostamos numa escola internacional e também em serviços de pet sitting.  Na forma como vemos a aproximação entre gerações, o catalisador é sempre um elemento comum pessoal e não geracional. Porque, se as gerações importam, os indivíduos importam ainda mais e o Lionesa Business Hub nunca o esquece.

Felicidade no trabalho
Lionesa Group

A flexibilidade no trabalho e o teletrabalho trouxeram novas formas de estar nos escritórios. De que forma é que adaptaram os vossos espaços às novas formas de trabalhar? Houve mudanças na ocupação dos espaços (maior procura por espaços de coworking, por exemplo)? Qual é a ocupação atual?

São mais de 7.000 os profissionais oriundos de meia centena de países que trabalham, criam e vivem grande parte dos seus dias no Lionesa Business Hub. Contudo, nunca nos podemos esquecer que qualquer comunidade que integramos é tão forte quando a empoderamos.

A Comunidade da Lionesa é multiforme, vive da flexibilidade. Nunca a podemos uniformizar. Temos de lhe dar espaço e tempo para ser diversa, para poder exercer um estilo de vida tão personalizado quanto possível. Cremos que foi exatamente por isso que, mesmo no período pandémico, continuamos a ser procurados por tantas empresas. E que, contornada a fase mais crítica da pandemia, registámos das melhores taxas de regresso presencial ao trabalho.

Claro que nem tudo ficou igual. Além da inovação constante e de criação de novos estímulos, demos uma maior ênfase à introspeção desenvolvendo mais atividades de ‘mindfullness’ e de contacto mais próximo com a natureza e, mesmo na distribuição espacial dos escritórios, com a disponibilização de entradas individuais e um redesenho completo do corredor central, dotando-o de áreas com funções muito diversas, desde a mesa ou o sofá individual ao auditório para mais de uma dezena de pessoas.

Desenvolvemos o ‘fit-out’ dos escritórios realizando workshops com metodologias ‘design thinking’ e envolvendo pessoas de toda a organização para que possam dar contributos e perspetivas diferentes. Isto permite que haja uma maior ‘engagement’ também por parte dos colaboradores, porque naturalmente sentem que contribuíram e fazem parte do espaço que foi desenhado. Isso reflete-se no desejo que as empresas nos dirigem. Atualmente, estamos com uma ocupação de 99%, e mesmo durante a pandemia aumentámos em cerca de 14.000 metros quadrados a área total comercializada, perfazendo um total de 56.000 metros quadrados de área ocupada no Lionesa Business Hub.

Onde arrendar escritório no Norte
Lionesa Group

Em abril foi anunciado um projeto de expansão do Lionesa Business Hub, que vai criar novos edifícios de escritórios, unidades de coliving e ainda novos espaços ao ar livre, com um investimento associado de 100 milhões de euros e conclusão prevista para 2025. O que vos motivou a avançar com a expansão deste centro de escritórios? Porque é que decidiram adicionar unidades de coliving a este centro empresarial?

A própria natureza familiar do nosso grupo traduz a promessa e continuidade. Por isso, continua em acelerada construção do projeto Lionesa 2025 que mais do que duplica a nossa área e as valências que oferecemos à comunidade. Valências assentes no “mixed-use” procurando sempre afirmar o Lionesa Business Hub como um destino para o qual as pessoas desejam ir, não apenas como um local de trabalho para onde têm de ir. Valências que procuram apoiar as pessoas na energia da juventude, mas também acompanhar os desafios que surgem à medida que a vida avança, como a natalidade, proporcionando, por exemplo, um berçário aos nossos jovens e talentosos mães e pais.

Tendo em conta o panorama atual, consideram abrir mais escritórios no futuro? Ou expandir mais instalações? Porquê? Se sim, quando estão a pensar fazê-lo? E com que investimento?

Apesar da incerteza, não se sentiu uma travagem na procura de escritórios, aliás em pleno contexto pandémico colocámos 6 clientes, como a Volkswagen Financial Services ou a Vestas que duplicou a área.

O projeto de expansão que irá ligar o Lionesa Business Hub ao Balio, prevê a duplicação da área de escritórios, ou seja, atingir os 110 mil metros quadrados, a construção de uma unidade de coliving e de um edifício de ‘services apartments’, a expansão da área de retalho, e consolidação das áreas verdes envolventes. O plano construtivo mantém-se, no entanto, o investimento previsto de 100 milhões será revisto em alta dado o contexto inflacionista.

Esta amplitude de funções e valências, como o coliving que arranca já no início do próximo ano, destinam-se a satisfazer necessidades que os agentes multinacionais que nos escolheram apresentam, nomeadamente porque trazem um número importante de expatriados para se poderem consolidar a partir de Portugal, bem como para responder à atratividade que Portugal começa a representar para os chamados “nómadas digitais”, fontes vitais de energia, criatividade e ousadia e que querem pertencer a uma comunidade ‘like-minded’.

Coliving no Porto
Lionesa Group

*Entrevista atualizada dia 20 de dezembro de 2022, às 16h06, com a resposta à questão assente na integração geracional no Lionesa Group

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