Escritórios

A pandemia da Covid-19 “obrigou” as pessoas a ficarem em casa, em teletrabalho, e agora continua a haver muitas no regime de trabalho híbrido, em que uns dias da semana ficam em casa e nos outros vão ao escritório. Irá esta tendência manter-se? Jorge Bota, presidente da Associação de Empresas de Consultoria e Avaliação Imobiliária (ACAI), considera que não, havendo “claramente uma pressão muito grande por parte das empresas para fazer regressar as pessoas ao escritório”. Porquê? Porque “a produtividade, afinal, ressentiu-se” e porque “o espírito de equipa, de camaradagem, de colaboração dos empregados das empresas foi seriamente afetado”, diz em entrevista ao idealista/news. 

As Torres de Lisboa, junto à 2ª Circular, vão ter um novo edifício de escritórios disponível muito em breve. Trata-se da Torre A, propriedade da Merlin Properties, que conta com uma área total de 15.000 metros quadrados (m2). Cada piso da torre tem aproximadamente 1.000 m2, existindo ainda 277 lugares de estacionamento. Obras de renovação devem ficar concluídas no arranque de 2024.

A Factory Lisbon, campus de inovação e empreendedorismo localizado no Hub Criativo do Beato (HCB), já conta com 10 empresas inovadoras com escritórios no edifício, que ocupam mais de 75% da área total, revela em comunicado a Jamestown, empresa global de investimento e gestão imobiliária, que gere as operações diárias na Factory Lisbon. 

Há nova oferta a chegar ao mercado de escritórios do Porto. O reabilitado Alegria 819, situado no coração da Invicta, está pronto para receber novos inquilinos. Propriedade da M7 Real Estate, este edifício de escritórios possui 1.545 metros quadrados (m2) e tem ainda um terraço que permite criar um espaço de lazer para os colaboradores.

A zona empresarial do Porto prepara-se para ver nascer um complexo de escritórios de última geração com mais de 22.000 metros quadrados (m2) - vai chamar-se VIVA Offices. Trata-se de um projeto que resulta de uma parceria 50/50 entre a Sonae Sierra e o Grupo Ferreira, cujo investimento deverá rondar os mais de 45 milhões de euros. O edifício deverá estar concluído no 1º trimestre de 2025.

O emblemático Edifício BOC – Boavista Office Park terá um novo (e único) arrendatário, o operador nacional de flex offices LACS. Trata-se da maior operação de arrendamento de escritórios registada no Porto nos últimos cinco anos e da maior transação da história do mercado de escritórios flexíveis, refere em comunicado a CBRE, que assessorou o IMOFID, Fundo de Investimento Imobiliário Aberto gerido pela Fidelidade Sociedade Gestora, na transação. 

O edifício de escritórios Latino Coelho 142 (LC142), no Porto, mudou de mãos, tendo sido vendido pela NIPA Capital, investidora e promotora sediada nos Países Baixos, à Serris REIM, atuando como gestor de investimentos em nome do Venture Real Estate (VRE) Fund. Trata-se de um imóvel que sofreu obras de remodelação abrangentes e que tem como inquilinos a Kuehne Nagel, a Transcom e a Can Do Portugal.

O Fundo VIP, um fundo de investimento imobiliário aberto gerido pela Silvip, comprou o edifício de escritórios Almirante Reis 65, localizado em Lisboa, na avenida com o mesmo nome. O imóvel, que estava na posse do CCP 5 LL, um fundo gerido pela Tristan Capital Partners, é gerido pela Norfin e tem cerca de 5.500 metros quadrados (m2).

A Câmara Municipal do Pombal (CMP) e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) assinaram um acordo de colaboração no âmbito do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação – 1º Direito que prevê um investimento total de cerca de 22,5 milhões de euros durante os próximos seis anos Trata-se de um acordo – já foi homologado pela secretária de Estado da Habitação, Fernanda Rodrigues – que garantirá o acesso à habitação digna a 193 famílias.

Lisboa é a sexta cidade europeia com maior 'take up' de escritórios flexíveis. Segundo o último estudo da Savills e da Workthere, Londres permanece como mercado mais ativo da Europa, com o setor a representar 13% de toda a absorção de escritórios no primeiro semestre de 2023. Segue-se Praga (8%), Amesterdão (6%), Madrid (5%) e Varsóvia (4%).

O WellBe, um novo e sustentável projeto de escritórios que está a nascer no Parque das Nações, deverá ser inaugurado no final de 2024, estando previsto receber cerca de 3.200 pessoas. Em causa está um edifício com 27.635 metros quadrados (m2) de escritórios e cerca de 1.240 m2 de retalho.

Durante o mês de julho, o mercado de escritórios, em Lisboa, demonstrou sinais de recuperação, traduzidos num aumento mensal “considerável após os períodos de contenção observados nos meses anteriores”. No Porto, o mesmo cenário, assistindo-se a um “crescimento notável” na área ocupada, segundo a análise mensal do setor dos escritórios em Portugal da JLL.

O mundo do trabalho muito mudou durante a pandemia. O teletrabalho e o modelo de trabalho híbrido vieram para ficar. E também a sustentabilidade tem ganhado peso nas empresas. Todo este novo clima laboral sugere mudanças ao nível dos escritórios.

Lisboa está em constante renovação e são vários os ativos imobiliários que têm ganho uma segunda vida nos últimos anos. É o caso, por exemplo, de dois armazéns industriais do século XIX com 3.700 metros quadrados (m2) de área, localizados ao lado da LX Factory, em Alcântara, que serão transformados num centro de escritórios mistos. Em causa está um investimento de 12 milhões de euros. 

O mercado de escritórios em Lisboa caiu a pique no primeiro semestre de 2023, tendo a ocupação atingido (apenas) os 38.000 metros quadrados (m2), menos 77% que no mesmo período do ano passado e o valor mais baixo da última década (desde 2013). Números que mostram que o mercado de escritórios está a atravessar um “período desafiante”, segundo a Savills Portugal.

O Avila Spaces vai abrir, em setembro, um novo espaço de coworking e centro de escritórios no Parque das Nações, em Lisboa – será o terceiro polo da empresa na capital. Nesta nova localização, o Avila Spaces vai estrear um novo conceito no seu ecossistema: o Cowork Café.

O investimento imobiliário comercial continua a dar que falar em 2023, nomeadamente no segmento de escritórios. O edifício Almirante Reis 65, situado em Lisboa, passou a ter um novo dono: o Fundo Vip, gerido e representado pela Silvip SGOIC.

O segmento de escritórios continua ao rubro em Portugal, sendo um dos mais ativos no país. A venda do edifício de escritórios localizado na Avenida José Malhoa 13, em Lisboa, comprova isso mesmo. O imóvel, que estava na posse de um afiliado da Cerberus Capital Management e da FS Capital, foi comprado pela seguradora espanhola Mapfre,  que ali vai centralizar empresas do grupo.

Depois de um longo período de compras no imobiliário alimentadas por taxas de juro baratas, os proprietários e credores estão a enfrentar mudanças na forma de trabalhar e de viver no pós-pandemia, que têm vindo a deixar edifícios vazios ou arrendados por baixo preço.

É mais um indicador de que o setor imobiliário está em constante mudança e, ao mesmo tempo, a mostrar-se resiliente aos tempos conturbados que se vivem. A M3storage, startup multinacional de self-storage que liga pessoas e empresas a espaços de uma forma simples, segura, sem período mínimo de armazenamento, acessível e à distância de um clique, aterrou em Portugal, tendo a sua primeira unidade em Linda-a-velha, nos arredores de Lisboa. Prevê chegar às 20 unidades no espaço de dois anos, sendo que os espaços de armazenamento vão de 1 a 100 metros quadrados (m2), revela a empresa em comunicado.  

O mercado de escritórios europeu vive, atualmente, num cenário de aparente bipolaridade. De acordo com o mais recente estudo da Savills, os valores de take-up de escritórios no primeiro trimestre de 2023 começaram a divergir “significativamente” na Europa, com Oslo, Praga e Madrid a registarem, respetivamente, aumentos de 50%, 19% e 5% em relação à média dos últimos cinco anos, enquanto Dublin, Budapeste e Lisboa registaram, respetivamente, quedas de 62%, 57% e 55%.