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depois de mais de dois anos de trabalhos, o banco de portugal (bdp) deu a conhecer a convidados a obra de restauração da antiga igreja de são julião, na baixa de lisboa, que durante anos serviu de armazém da entidade. o espaço foi recuperado, através de um projecto concebido pelos arquitectos gonçalo byrne e joão pedro falcão de campos, e receberá, a partir do segundo semestre do próximo anos, o museu do dinheiro

"o que fizemos foi uma limpeza sucessiva para remover o betão, as argamassas, o cimento. não fizemos mais do que relevar", disse joão pedro falcão de campos durante a visita. de acordo com o jornal de negócios, o projecto, avaliado em cerca de 34 milhões de euros mais iva, acrescentou um piso às partes laterais da igreja, que passaram assim a cumprir o plano que marquês de pombal fez para a baixa depois do terramoto de 1755 e que até agora a igreja de são julião não cumpria. “não fizemos [o novo piso] de forma mimética, assumimos a contemporaneidade”, explicou o arquitecto, frisando, no entanto, que “a concretização ficou aquém” das expectativas

a publicação refere que a criação de um piso permite que a visita à igreja e aos espaços onde será instalado o museu do dinheiro se faça de forma circular. a ideia é que o público passe a usar a porta antes usada pelos carros para entrar na igreja e aceder quer ao museu do dinheiro quer às instalações do bdp

sublinhe-se que a igreja de são julião, que foi construída no século xvii, tendo sido reconstruída depois do terramoto, está integrada num quarteirão que pertence ao bdp. segundo luís abreu nunes, responsável pelo projecto de conteúdos do museu do dinheiro, este será uma "porta para a literacia financeira". no fundo, não se trata de um museu "contemplativo", mas de um espaço interactivo no qual será contada a história do dinheiro e das trocas no mundo

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