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Oposição acusa Cavaco de estar “alinhado” com o Governo

Cavaco Silva não o disse com todas as letras mas deu a entender que não ia avançar com um pedido de fiscalização preventiva da constitucionalidade do Orçamento do Estado (OE) para 2014. O Presidente da República admite deixar o Orçamento entrar em vigor em janeiro e só depois pedir uma análise ao Tribunal Constitucional.

As palavras de Cavaco, proferidas este fim de semana, foram recebidas com desagrado no Largo do Rato. "A declaração do Presidente não provocou estranheza, foi entendida como mais uma evidência do alinhamento entre o Governo e o chefe do Estado", afirmou ao jornal público fonte do PS

A reação surge depois de, na passada semana, António José Seguro ter tentado dar margem ao Presidente para pedir uma fiscalização preventiva do OE ao Tribunal Constitucional ao pretender um encurtamento dos prazos do debate parlamentar.

Mais à esquerda, a declaração de Cavaco também foi mal recebida. Em declarações à TSF, O deputado comunista Paulo Sá considera que o Presidente "deve cumprir e fazer cumprir a Constituição e não fazer fretes ao Governo". 

Na mesma linha, João Semedo, coordenador do BE, defende que a Cavaco Silva "cabe acautelar que a Constituição seja cumprida e, portanto, deve recorrer aos instrumentos que estão ao seu dispor sem qualquer outro cálculo que não seja esse". O bloquista considera que Cavaco "é o apoio de que este Governo tem necessitado para se manter a governar", caso contrário "já teria caído em julho".

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