
Se para algumas pessoas o processo de venda da casa pode ser relativamente simples, para muitas outras é um verdadeiro quebra-cabeças. Isso mesmo mostra um estudo recente realizado pela proptech imobiliária espanhola Tiko. Segundo o mesmo, 61% dos portugueses considera a venda de uma casa como um dos processos mais stressantes da vida, só comparado ao processo de divórcio (36%).
Esta é uma das conclusões a retirar do estudo “Os Portugueses e o Setor Imobiliário”, em que 48% dos inquiridos indicou que vive em casa própria, ou seja, são pessoas que passaram por um processo de compra e venda.
O que mais valorizaram no processo foi:
- a seriedade das partes envolvidas no negócio (44%)
- a rapidez do processo (23%).
A grande maioria dos inquiridos (78%) admite, no entanto, que a habitação na qual vive não é a casa dos seus sonhos.

Quais os principais motivos que levam os portugueses a pensar vender a casa durante este ano?
- querer mudar a área de residência (41%);
- facto de a área do imóvel já não se adequar ao agregado familiar (31%).
Há, contudo, alguns obstáculos no caminho. E quais são então os motivos que levam os portugueses a adiar o desejo de comprar uma casa?
- a falta de recursos financeiros (79%);
- a dificuldade na obtenção de crédito habitação (49%);
- a dificuldade em encontrar o imóvel com as características pretendidas (46%).
O que mais se valoriza na hora de vender casa?
Relativamente ao tempo médio de venda de uma casa, 48% dos inquiridos tem como expetativa uma janela temporal entre três a seis meses. Destaque ainda para o facto dos portugueses se estarem a dar bem com a digitalização, que ganhou força com o aparecimento da pandemia da Covid-19. De acordo com o estudo, metade dos inquiridos, ou seja, 250 pessoas, já se encontram confiantes para vender a sua casa num processo totalmente online.
Na hora de vender a casa, estes são os fatores que os portugueses mais valorizam:
- Ter um preço justo (81%);
- Ter um parceiro que trate de toda a parte burocrática, sem que tenham de pagar por este trabalho (70%);
- O fato de o processo ficar concluído em menos de 10 dias (32%).
Este estudo, segundo a Tiko, foi realizado a 500 pessoas – maiores de 28 anos e residentes em território continental português –, por telefone, entre os dias 4 e 18 de fevereiro de 2022.
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