Madeira Palácio possui 4 lotes: dois são destinados à habitação, noutro vai nascer um novo hotel e o quarto possui casas habitadas em regime de colonia.
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Pestana compra Madeira Palácio por 45 milhões - e vai investir em casas para venda e em novo hotel
Photo by Filipe Gomes on Unsplash

O Grupo Pestana reforçou a sua aposta na Madeira com a compra de um imóvel ao Millennium bcp: o Madeira Palácio. E já tem planos bem definidos para o local: pretende transformar o antigo hotel num complexo habitacional, dar uma nova vida ao Madeira Palácio Residences e construir uma nova unidade hoteleira num terreno junto à praia Formosa.

O negócio fechado na passada sexta-feira (dia 28 de maio de 2021) já estava em marcha em abril, quando José Theotónio, CEO do Grupo Pestana, confirmou ao ECO que já havia colocado em cima da mesa uma proposta na ordem dos 45 milhões de euros. Na altura, o processo estava em fase de ‘due diligence’ e José Theotónio referiu ainda que o banco fez uma “contraproposta e nós aceitámos”. O negócio acabou por ser fechado pelos 45 milhões de euros, segundo confirmou agora ao ECO José Theotónio.

Os planos para o local

Com a conclusão da transação, foram revelados mais pormenores dos planos do Grupo Pestana para este local. Vamos por partes. O Madeira Palácio inclui quatro lotes junto à praia Formosa. Num deles está o antigo hotel, composto por 320 quartos, que o grupo quer transformar num novo complexo habitacional, onde vão nascer 150 novos apartamentos de diferentes tipologias – de T1 a T4 -, que inclui ainda jardins e piscinas, segundo refere o Diário de Notícias da Madeira na sua edição em papel. “Vamos começar a vender as frações imobiliárias e a fazer o projeto para converter o antigo hotel em residencial”, explica José Theotónio ao ECO.

Outro lote diz respeito ao Madeira Palácio Residences, um empreendimento que agrega 112 apartamentos e várias zonas comuns com três piscinas. Estas casas vão ser colocadas à venda em breve num processo levado a cabo pelo grupo em parceria com um promotor imobiliário da região, de acordo com a mesma edição do Diário de Notícias da Madeira.

A terceira propriedade é um terreno de 10.000 metros quadrados (m2) onde o Grupo Pestana pretende construir um hotel com cerca de 150 quartos. Esta nova unidade hoteleira vai ser desenvolvida mesmo ao lado do hotel Pestana Bay, de forma que o grupo vai transformar estas duas unidades num complexo turístico, que vai colocar à disposição dos turistas cerca de 380 quartos.

A quarta é um lote com habitações em regime de colonia, que só há na Madeira. Segundo explicou o CEO do grupo Pestana ao ECO, estas “casas estão habitadas e os colonos têm direito de preferência. Se exercerem esse direito, podem comprá-las e pagar diretamente ao banco”, refere ainda.

Este investimento está em linha com a estratégia do Grupo Pestana para o médio prazo que passa por fazer crescer a marca Pestana Residences. Esta aposta surge depois do grupo ter registado em 2020 - e devido à pandemia da Covid-19 - um prejuízo na ordem dos 32 milhões de euros. Esta foi a primeira vez em 40 anos que o grupo hoteleiro português registou perdas anuais. Mas também houve boas surpresas: a atividade imobiliária do grupo veio trazer ânimo ao negócio. O setor residencial, ao contrário do hoteleiro, cresceu durante este período - quase 12% para os 54 milhões de euros. 

Foi neste sentido que o grupo resolveu reforçar a aposta no segmento imobiliário. E assim nasceram vários projetos. Além deste, há outros que o grupo tem desenvolvido no Algarve, Tróia, Comporta, Lisboa, Ponta Delgada (Açores). E há também outro a nascer na ilha da Madeira, em concreto, no Funchal.

Uma aposta maior no Funchal

É também nesta cidade da ilha da Madeira que o Grupo Pestana está a apostar na transformação da antiga Fábrica de Cervejas num empreendimento habitacional de luxo, que vai contar com 28 apartamentos e três lojas. Este novo complexo já tem um nome : “A Fábrica Apartments&Lofts”. As casas - que vão nascer na Rua Alferes Veiga Pestana - vão ter áreas que podem chegar aos 350 m2 e os preços podem mesmo alcançar um milhão de euros.

Este projeto, que já havia sido anunciado em outubro passado, vai arrancar dentro de semanas, segundo refere o Diário de Notícias da Madeira. A sua conclusão está prevista para junho de 2022.

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