O vinho, o turismo e o imobiliário estão de mãos dadas. Prova disso é, por exemplo, o facto de a Quinta do Vallado, uma das mais antigas de vinhos no Douro – data de 1726 e pertenceu a D. Antónia Ferreira, conhecida como a “Ferreirinha” –, estar a investir forte no seu modelo de negócio. O investimento previsto é de cerca de 8,1 milhões de euros, sendo que a maioria, 5,7 milhões de euros, diz respeito à expansão do Quinta do Vallado Douro Wine Hotel. Há ainda margem para investir em alojamento para trabalhadores, neste caso o orçamento contempla 1,4 milhões de euros.
Segundo o Expresso, o novo projeto de enoturismo na Quinta do Vallado, que desde o final de 2023 é detida em partes iguais pela família dos descendentes de D. Antónia Ferreira e pela família Moreira da Silva, é assinado pelo conceituado arquiteto Souto Moura. E deverá ficar concluído em 2027.
O hotel vínico distribui-se por várias estruturas existentes na quinta e terá mais oito quartos – são 19 atualmente – e um spa. Será reabilitado “um armazém que era da Quinta do Cotto, numa última parcela de vinha que comprámos ao Champalimaud”, disse João Álvares Ribeiro, presidente executivo e presidente do conselho de administração da Quinta do Vallado, citado pela publicação.
“A arquitetura é uma vantagem competitiva muito importante nos projetos de enoturismo, leva mais pessoas a interessarem-se pela herdade”, acrescentou, salientando que a administração da Quinta do Vallado está também a analisar outros investimentos, avaliados em 14 milhões de euros. Em causa está a aquisição de duas quintas, uma também no Douro e outra no Alentejo: “São investimentos que ainda não estão decididos, mas achamos que são muito interessantes, e estamos em fase de análise”.
Destaque ainda para um investimento a realizar, na ordem de 1,4 milhões de euros, que visa apostar no alojamento para trabalhadores da Quinta do Vallado, que somando o enoturismo e a área de vinhos totalizam 120 pessoas.
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