O ciclo de subida das rendas das casas em Portugal parece não ter fim à vista. Enquanto a oferta de casas para arrendar continuar a não satisfazer as necessidades da procura, o resultado continua a ser o mesmo: os inquilinos continuam a pagar mais pela renda da casa. O que se sentiu em outubro é que esta subida homóloga das rendas estabilizou nos 7,2%, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Ou seja, no mês anterior o aumento foi praticamente o mesmo.
As rendas das casas efetivamente pagas pelos inquilinos estão a aumentar, pelo menos, desde outubro de 2020. Mas têm crescido a diferentes velocidades: a subida homóloga abrandou entre o final de 2020 e a primavera de 2021, mas foi acelerando ao longo dos meses seguintes dando mesmo um salto no início deste ano.
Os dados do INE revelam ainda que, depois do custo de arrendar casa ter acelerado muito nos primeiros meses de 2024, os aumentos homólogos estabilizaram em alta, em torno dos 7%. Foi isso mesmo que se sentiu em outubro, quando a “variação homóloga das rendas de habitação por metro quadrado foi de 7,2%, um aumento idêntico ao do mês anterior”.
No boletim estatístico publicado esta quarta-feira, dia 13 de novembro, o INE revela ainda que as rendas das casas efetivamente pagas pelos inquilinos aumentaram em termos homólogos em todas as regiões do país, tendo a Madeira registado o “aumento mais intenso” (+7,5%).
Também em termos mensais, o valor médio das rendas de habitação por metro quadrado registou uma variação de 0,4% (valor idêntico no mês anterior). “As regiões com a variação mensal positiva mais elevada foram o Norte, Centro, Lisboa, Algarve e Madeira (0,4%), não se tendo observado qualquer região com variação negativa do respetivo valor médio das rendas de habitação”, refere ainda o INE.
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