Tendências no mercado imobiliário europeu em 2026: Lisboa está no top 20

Lisboa consolidou-se como uma das cidades europeias mais atrativas para investimento imobiliário, figurando entre os 11 principais destinos do continente segundo o mais recente relatório da PwC. Esta posição de destaque reflete um conjunto de fatores económicos, urbanos e sociais que conferem à capital portuguesa uma vantagem competitiva face a outras cidades europeias, num contexto marcado por incerteza geopolítica e desafios macroeconómicos.

Na classificação de 2026, os grandes intervenientes do setor imobiliário têm concentrado a atenção nos mercados europeus mais maduros, líquidos e economicamente estáveis como Londres que se posiciona na primeira posição, seguida de Madrid e Paris que completa o top 3.  

Um ecossistema urbano robusto

Lisboa beneficia de uma estrutura urbana sólida, caracterizada por transportes públicos eficientes. Esta configuração não só potencia a qualidade de vida, como também cria condições ideais para o surgimento de hubs de inovação e clusters económicos, essenciais para atrair talento e fomentar crescimento económico.

A cidade tem também demonstrado uma capacidade crescente de parcerias público-privadas, alinhando objetivos municipais com capital institucional e privado. Tal abordagem permite a execução de projetos urbanos estratégicos, desde habitação acessível a infraestruturas digitais, promovendo simultaneamente desenvolvimento económico e coesão social.

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Fatores que impulsionam o investimento

O relatório identifica diversos fatores que explicam a crescente atratividade pela capital portuguesa:

• Liquidez e transparência do mercado: elementos decisivos para investidores internacionais, particularmente em cenários de elevada volatilidade e taxas de juro em subida;
• Diversidade setorial: o mercado lisboeta apresenta oportunidades em setores operacionais intensivos, como habitação, logística, data centres e infraestruturas energéticas, que oferecem rendimentos estáveis e de longo prazo;
• Potencial de inovação urbana: projetos de regeneração e modernização de espaços, integrando tecnologia, sustentabilidade e design, contribuem para reforçar a competitividade da cidade;
• Habitação acessível como prioridade estratégica: o investimento em habitação de qualidade não é apenas socialmente relevante, mas também económico, suportando a mobilidade laboral e fortalecendo a base de crescimento industrial e tecnológico da cidade.

Lisboa e a atratividade global

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A capital portuguesa destaca-se em termos de posicionamento europeu, beneficiando de custos competitivos em comparação com mercados como Londres ou Paris, ao mesmo tempo que mantém elevados padrões de vida e segurança jurídica. A cidade também se encontra estrategicamente posicionada para aproveitar fluxos de capital institucional e internacional, numa altura em que investidores procuram ativos resilientes e operacionalmente intensivos.

Além disso, Lisboa está a integrar-se em iniciativas europeias de transição energética, digitalização e infraestrutura social, criando oportunidades para investidores que procuram alinhar rentabilidade com impacto social e sustentabilidade ambiental.

Mercado europeu em volume de investimento imobiliário

Tendências emergentes no mercado imobiliário Europa 2026 Fonte: PwC

O estudo coloca Portugal como o décimo sétimo maior mercado europeu em volume de investimento imobiliário nos últimos quatro trimestres, com cerca de 2 mil milhões de euros.

O Reino Unido mantém-se na liderança, com 60 mil milhões de euros, seguido da Alemanha (40 mil milhões) e de França (24 mil milhões). Logo abaixo de Espanha surgem os Países Baixos e a Suécia (ambos com 13 mil milhões de euros), e Itália (10 mil milhões).

A PwC e a ULI salientam que os sete primeiros mercados europeus captaram mais de 10 mil milhões de euros em investimento imobiliário e que os crescimentos de dois dígitos se tornaram comuns.