Promotores e mediadores imobiliários e outros especialistas do setor foram entrevistados pelo idealista/news. Passamos o ano em revista.
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Entrevistas e reportagens realizadas pelo idealista/news
Francisca Martins, Francisco Rocha Antunes, Rui Torgal e Pedro Brinca Créditos: Gonçalo Lopes | idealista/news

À semelhança dos últimos anos, 2025 fica marcado por várias novidades relacionadas com os setores do imobiliário e da construção, que terão impacto, por sua vez, no segmento residencial. Foram muitos os players do setor, desde promotores a mediadores imobiliários, entre outros especialistas, que partilharam com o idealista/news algumas das suas visões. No final de contas, todos são unânimes, até o Governo, na necessidade, ou urgência, de aumentar a oferta de casas no mercado, de forma a dar resposta à crise na habitação – ou de acesso a habitação – na qual se encontra Portugal.

Na rubrica de viva voz, foram vários os entrevistados que abordaram, ao longo do ano, alguns dos temas “mais quentes” relacionados com o setor. É o caso, por exemplo, de Pedro Brinca, economista e investigador na Nova School of Business and Economics (NovaSBE), que no início do ano nos disse que é preciso olhar para a crise do acesso à habitação em Portugal de vários ângulos e perspetivas, sendo necessário um conjunto de medidas para dar resposta a um problema que se tem vindo a agudizar há anos no país. 

“A questão requer uma abordagem holística numa série de dimensões, nomeadamente que incidam sobre a questão dos custos (licenciamentos, terrenos, fiscalidade e construção), para que possamos ter casas mais baratas e que os portugueses possam comprar”, defendeu, apontando o caminho, além do aumento da oferta de casas, no sentido da expansão das infraestruturas de transportes, para apoiar a descentralização da construção: “Temos de expandir as redes de transporte; temos de aumentar a quantidade de solo disponível para construção; temos de tornar mais atrativo todo o ambiente económico à volta da construção e do arrendamento, para pôr mais casas no mercado de forma sustentada. Assim, havendo mais oferta, haverá preços mais baixos”.

Uma opinião, de resto, também partilhada por Rui Torgal, CEO da ERA Portugal, que não tem dúvidas ao afirmar que “a compra de uma casa é provavelmente dos melhores investimentos que uma família faz”. Sobre a importância da mobilidade no setor, salienta que uma solução de construção nova só terá resultados melhorando a mobilidade: “Não podemos só olhar para uma, sem olhar para a outra”.

Do lado da promoção imobiliária, Francisca Martins, administradora e responsável pelo desenvolvimento de novos projetos da AM48, alerta para o facto de as pessoas estarem a começar a considerar outras zonas – mais afastadas do centro das cidades, nomeadamente de Lisboa – para comprar casa. “É o caminho natural as cidades crescerem e expandirem-se. Há muito espaço para o fazer”, sustenta.

Estas são mais algumas entrevistas que publicámos ao longo ano e que vale a pena passar em revista:

Construção híbrida de casas
Créditos: Gonçalo Lopes | idealista/news

Uma solução chamada… construção modular

Sensivelmente a meio do ano tivemos a oportunidade de conhecer um dos vários empreendimentos de construção híbrida que estão a nascer em Portugal. Uma tendência que está a ganhar força no setor, ajudando a dar resposta à escassez de casas no mercado. Falamos de um projeto de Habitação a Custos Controlados (HCC) localizado na freguesia de Mina de Água, no município da Amadora. “É um dos caminhos para conseguirmos fazer habitação mais rápido”, conta Henrique Martins, Diretor de Obra da Casais Construction.

E mais no final do ano tivemos a oportunidade de conhecer outro projeto de construção modular, neste caso no coração de Lisboa, na zona de Benfica. Trata-se de um prédio com 18 apartamentos que vai chegar ao mercado em regime de renda acessível. O curto tempo de obra deste tipo de projetos “permite cumprir com os prazos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, tornando “toda a operação mais barata”, conta o presidente da junta de freguesia de Benfica, Ricardo Marques.

Escritórios e trabalho flexível
Créditos: Gonçalo Lopes | idealista/news

As novas dinâmicas de trabalhar no escritório

Animado está também o segmento de escritórios, havendo cada vez mais espaços de coworking e trabalho flexível no país, sendo esta uma tendência que ganhou força após a pandemia. Segundo Tiago Carvalho Araújo, cofundador da DeHouse, uma gestora de espaços de trabalho flexíveis no Norte do país, o coworking “não pode ser só um escritório, tem de ser uma experiência de trabalho em que as pessoas se possam conectar”. Segundo o responsável, tanto os escritórios, como os coworkings têm lugar no mercado laboral, mas “os espaços flexíveis vão ter cada vez mais interessados”.

O idealista/news comprovou, “no terreno”, que o interesse por estes espaços de trabalho flexível está a crescer, quer por profissionais independentes quer por empresas. Isso mesmo escrevemos neste artigo: A “magia” dos escritórios flexíveis vai além do “tradicional” coworking e parece estar, definitivamente, a ganhar espaço no segmento de escritórios em Portugal.

Já os responsáveis de alguns destes espaços avisam, em uníssono, que têm como missão “fazer as pessoas felizes no trabalho”, promovendo o ‘work-life balance’. 

Reconversão de fábrica de massas em escola
Créditos: Gonçalo Lopes | idealista/news

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