Salários

O Salário Mínimo Nacional (SMN) em Portugal é de 589,17 euros em termos anualizados – montante anual a dividir por 12 meses –, menos 285,5 euros que a média dos países da Zona Euro. Uma diferença que resulta de anos de divergência que se acumularam com o arranque da moeda única, com o SMN a afastar-se com o passar dos anos.

Os homens ganham, em média, 900 euros líquidos por mês, mais 142 euros que as mulheres, que auferem cerca de 758 euros. Em causa estão dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao segundo trimestre deste ano.

No ano passado, os CEO do PSI 20 ganharam 30 vezes mais que a média dos trabalhadores. Os líderes das cotadas ganharam, em termos brutos, 666,5 mil euros. Já os custos com pessoal divididos pelo número total de trabalhadores foi de 22,2 mil euros.

Os médicos de família de zonas carenciadas que aceitem alargar temporariamente as listas de utentes até um máximo de 2.796 unidades ponderadas (cerca de 2.500 utentes) vão receber até 741 euros brutos acima do salário. Em causa está uma proposta do Governo.

Os banqueiros dos seis maiores bancos portugueses – o Novo Banco não entra nas contas devido à ausência de dados – receberam 2,2 milhões de euros no último ano em salários fixos, aos quais se somam quase um milhão de euros em prémios. A liderar a lista está António Vieira Monteiro, presidente do Santander Totta, que recebeu uma remuneração fixa no valor de 568.000 euros em 2014.

O número de pessoas empregadas por conta de outrem que ganham menos de 310 euros por mês – um valor inferior ao considerado para medir o limiar de pobreza – aumentou 5% no primeiro trimestre do ano, face ao período homólogo. No início do ano, havia 151,2 mil pessoas nesta situação.

O custo do trabalho no setor da construção em Portugal caiu 6% no terceiro trimestre, sendo que os salários, segmento crucial para a formação do custo total da mão-de-obra, recuaram 5,5%. Trata-se, segundo dados do Eurostat, da maior queda homóloga entre os 28 países da União Europeia (UE), onde o custo e os salários médios subiram 1,2% e de 1,3%, respetivamente.

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços, João Vieira Lopes, reconheceu que houve uma forte quebra salarial e que as empresas pagam atualmente ordenados até 20% mais baixos do que antes da crise. “O setor privado está a contratar a salários entre 15% e 20% inferiores”, disse, salientando que a situação leva à saída de trabalhadores mais antigos, substituídos por novos quase sempre a salários inferiores.

A maioria da população portuguesa tem baixos rendimentos. Em 2012, apenas 2.732 famílias declararam rendimentos brutos superiores a 250.000. A maior parte dos agregados (1.639.094) declarou rendimentos entre 5.000 e 10.000 euros.

Há mais pessoas a receber menos de 600 euros por mês que no ano passado. No terceiro trimestre, havia mais 43.000 trabalhadores por conta de outrém, públicos e privados, com salários mensais entre 310 e menos de 600 euros face ao período homólogo. No total, há agora mais de 1,11 milhões de pessoas a ganhar os salários mais baixos da tabela, quase um terço dos 3,7 milhões de trabalhadores empregados no país.

O Governo chegou a acordo com a UGT e com os patrões para a subida do Salário Mínimo Nacional (SMN), que vai aumentar já em outubro dos atuais 485 euros para 505 euros brutos por mês. A maior parte do aumento (85%) será suportado pelas empresas, com o Estado a suportar os restantes 15%.

O que é ou foi preciso fazer para levar de vencida a crise? Esta é, seguramente, uma das questões que muitas empresas colocam em cima da mesa. Este gráfico, que tem por base um estudo da Zurich, tenta responder a essa pergunta. Fica a saber quais foram as medidas mais tomadas no último ano para fintar a crise.

Provavelmente já ouviste falar do salário bruto, do salário líquido e do salário base, mas sabes o que significa o salário real? Esta informação é crucial para conseguires cortar as despesas de desperdício e assim teres uma organização mais criteriosa do orçamento familiar. O idealista News Portugal explica-te como.

Guterres deve avançar para Belém: António Guterres poderá mesmo avançar com uma candidatura à Presidência da República em 2016. O ex-primeiro ministro socialista já terá comunicado a António José Seguro, a António Costa e, até, a José Sócrates a sua intenção. No entanto, o atual Alto Comissário da Organização das Nações Unidas para os Refugiados só deverá formalizar a candidatura em maio ou junho de 2015, quando chega ao fim o seu mandato na ACNUR. (SOL)

Aumento do IVA e das contribuições para a Segurança Social estão em aberto: O corte permanente das pensões foi chumbado, mas o diploma que cria a Contribuição de Sustentabilidade (CS) previa também o aumento do IVA (de 23% para 23,25%) e das contribuições para a Segurança Social, a chamada Taxa Social Única (de 11% para 11,2%), medidas cujo destino ainda está em aberto. A decisão será tomada a “breve prazo”, sendo que ainda não há uma posição final. (Público)

Alguma vez “paraste para pensar” no montante que paga a empresa, entre salários, segurança social e impostos, pelo teu ordenado? O Instituto Económico Molinari, com dados da EY advogados, fez as contas e concluiu que a Bélgica é o país da UE onde as entidades empregadoras pagam mais por cada euro do salário líquido dos empregados: 2,34 euros.