Se por um lado a inflação está a penalizar o poder de compra das famílias e vai levar a um aumento das prestações da casa, por outro vai dar um maior rendimento aos depósitos. Economistas antecipam que a taxa do Banco Central Europeu (BCE) aplicada aos depósitos atinja 1% em 2023.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, já confirmou que a taxa de juro diretora vai subir em julho, naquele que será o primeiro aumento nos últimos 11 anos. No site da entidade monetária, Lagarde diz esperar que a compra da dívida "termine no início do terceiro trimestre", momento a partir do qual o BCE conta avançar com a subida dos juros.
A presidente do BCE considera, assim, que a saída da era das taxas de juro negativas poderá ocorrer "até ao final do terceiro trimestre", uma vez que a subida da inflação obriga a instituição a reagir.
Espera-se, por isso, que a taxa aplicada aos depósitos, atualmente em -0,5%, aumente 25 pontos base em julho e mais 25 pontos base em setembro, tal como refere o Jornal de Negócios. Mas os economistas ouvidos pela Bloomberg preveem mais quatro aumentos adicionais, a um ritmo trimestral, entre dezembro deste ano e setembro de 2023, o que levaria a taxa de depósitos a chegar a 1%.
Relativamente à taxa de refinanciamento, os economistas esperam que atinjam os 1,5% no final de 2023 – algo que não restringe nem impulsiona a economia, segundo os próprios.
Recorde-se qque o Conselho de Política Monetária do BCE vai reunir-se no próximo dia 9 de junho, quinta-feira. E aqui vão discutir as medidas a adotar e o aumento necessário da taxa de juro para controlar a inflação.
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