Empreendimentos terão habitação e escritórios e estão em fase de licenciamento, revela Aniceto Viegas, diretor-geral da promotora.
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Viver no centro de Lisboa
Empreendimento Villa Infante, em Lisboa, fica concluido este ano Avenue

Em oito anos de atividade em Portugal, a promotora imobiliária Avenue já investiu 998 mil milhões de euros em 17 projetos. Estão todos localizados em Lisboa e Porto, à exceção do Sandwoods, em Cascais, e apenas um é inteiramente de escritórios, o EXEO Office Campus, em Lisboa, que está em fase final de construção – dois dos três edifícios estão terminados, o Aura e o Lumnia, e o Echo fica concluído ainda este ano. Há ainda dois que não saíram do papel e estão em fase de licenciamento, integrando o lote de 17 projetos, revela ao idealista/news Aniceto Viegas, diretor-geral da Avenue. Sem descortinar muita informação, adianta que vão nascer na capital e na cidade Invicta e que representam um investimento de 250 e 150 milhões de euros, respetivamente, devendo estar concluídos e entregues em 2026.

“Sobre o novo projeto em Lisboa, que não podemos revelar ainda muitos detalhes, está em fase de licenciamento e esperamos ter a licença em breve. São dois conjuntos. Será predominantemente habitação e terá uma componente mais pequena de escritórios, ou seja, será um projeto misto, com algum comércio também no rés do chão. É um projeto de alguma escala, com 63.000 metros quadrados (m2). Se tudo correr bem, é lançado no próximo ano”, conta Aniceto Viegas

Promoção imobiliária
Aniceto Viegas, diretor-geral da Avenue César Passinhas

No que diz respeito ao projeto localizado no Porto, e que representa um investimento de 150 milhões de euros, vai nascer no centro da cidade e terá 49.000 m2: “Foi adquirido há muito pouco tempo e estamos ainda a conceber produto para submeter ao licenciamento muito em breve. Será misto, com uma componente de habitação predominante e com uma componente de escritórios também”. 

Fazendo um ponto da situação sobre os projetos que ainda não estão concluídos, o responsável indica que há quatro já lançados e em andamento, sendo que três ficam terminados ainda este ano:

  • O Villa Infante, um projeto de habitação em Lisboa que tem cerca de 55% de taxa de colocação, sendo que mais de 60% são portugueses;
  • O Bonjardim, um projeto de habitação no Porto que tem também uma componente de retalho e um estacionamento público. No caso da habitação, 83% das frações estão vendidas e no caso do retalho estão colocados cerca de 90% dos espaços. De referir que cerca de 70% dos clientes são portugueses.
  • O edifício Echo, um dos três que integra o complexo de escritórios EXEO Office Campus, no Parque das Nações, em Lisboa. O Aura e o Lumnia já estão concluídos e já não há espaços para arrendar. 

“Em construção está ainda o Sandwoods, um projeto de habitação em Cascais que ficará concluído no segundo semestre de 2024. Foi um sucesso de vendas e está com 90% de taxa de colocação. É o nosso primeiro e único projeto fora de Lisboa e Porto”, sublinha Aniceto Viegas. 

Quando questionado sobre se a Avenue tem em vista novos projetos fora das duas principais cidades do país, indica que o objetivo passará sempre, à partida, por zonas que integrem as respetivas áreas metropolitanas: “Preferimos estar na cidade, mas obviamente se houver uma oportunidade que acharmos interessante não descartamos. Se falarmos de Oeiras ou Cascais, sim, faria sentido para nós. No Porto é a mesma coisa, tentamos ficar muito na cidade, mas não excluímos estar em Matosinhos ou Vila Nova de Gaia, porque são mercados que estão muito próximos também do centro”. 

Casas de luxo em Cascais
Empreendimento Sandwoods, em Cascais, fica concluído em 2024 Avenue

Aposta no Build to Rent é o próximo passo

Na calha, num futuro próximo, estão investimentos direcionados para o Build to Rent (BtR), afirma ainda ao idealista/news. “Há uma nova fase e estamos a pensar nela e a ver como é que podemos criar alguma oferta, que está relacionada com o arrendamento na habitação. O BtR é um produto que existe em todo o lado e que é relativamente difícil de se fazer em Portugal”, lamenta.

Aniceto Viegas diz que a Avenue está a tentar fazer o seu caminho nesse sentido, de forma a “perceber bem o produto que se consegue fazer”. “Há um tema de otimização das áreas que tem de ser pensado, porque o que interessa a um cliente de arrendamento é quanto é que vai pagar por um T1, um T2 ou um T3. E pode ser feito aqui um trabalho, ou seja, ter áreas mais eficientes, compactas, para oferecer uma renda por tipologia que esteja em linha com o orçamento que as pessoas têm. É esse trabalho que estamos a tentar fazer. De resto… ajudaria muito o tema da [redução da] fiscalidade, mas isso já não está nas nossas mãos. Mas sim, gostaríamos, no próximo ano, de começar alguma coisa já neste sentido”, sublinha.  

E mais, estão em causa projetos que tem “de ter alguma escala”, comenta. “Não pode ser um prédio de dez ou 20 apartamentos, convém ser um conjunto importante de 30 a 50 fogos. Tem de ser um produto especificamente desenhado para esse mercado, com áreas bem pensadas, sem desperdícios de áreas. A boa área no sítio certo. É um trabalho feito de raiz e que requer um desenho muito detalhado do produto”, conclui. 

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