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preço das casas sobe pela primeira vez em dois anos

o preço de venda de casas em portugal aumentou pela primeira vez em dois anos. segundo o índice confidencial imobiliário (ici), que se apoia em dados de mais de 1.400 empresas de mediação imobiliária, numa oferta total acumulada de cerca de 500 mil imóveis, o preço da habitação aumentou 0,4% numa comparação entre maio e abril, “uma tendência que já não era visível desde agosto de 2010”

de referir que a subida dos preços verificou-se quer nas casas novas, com um aumento de 0,3%, quer nas usadas, que tiveram uma valorização de 0,4%. de acordo com a tvi 24, que se baseia nos referidos dados, em maio deste ano, face ao mesmo mês do ano passado, o ici continuou a registar quedas, mas menos acentuadas que as verificadas nos restantes meses deste ano

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5 Julho 2013, 13:17

Trata-se do efeito à simulação de preço, por força a ajustar os valores dos imóveis ao valor mínimo do Gold-Visa de meio milhão de euros.
Acontece que esta medida vai provocar no refluxo do mercado uma bolha especulativa, na medida em que os imoveis servem exclusivamente de veículo á obtenção de um título de residência na EU e não às tendências e necessidades do mercado imobiliário, por via da procura e da oferta. Estes imoveis são na sua grande maioria o preço de uma morada num país membro da UE, conforme já referenciamos e não o verdadeiro valor de uma residência para uma família na sua função principal.
Os requerentes estrangeiros deste Gold-Visa não estão a pagar o preço de mercado de um imóvel. Estão a colocar o montante necessário legal para a obtenção de Gold-Visa e quando voltarem ao mercado para revenderem o imóvel jamais recuperam o valor investido.
O governo com esta boa medida, esqueceu-se que os portugueses são por natureza expeditos e oportunistas, ajustaram os preços por cima para que os seus imoveis, até ao momento invendáveis, por força da conjuntura, ficassem enquadrados nos montantes mínimos da procura das solicitações dos Gold-Visa. Com uma agravante é que estes diferenciais, muito significativos, traduzem-se nos ganhos de oportunidade dos intermediários internacionais e dos gabinetes de advogados especializados em Gold-Visa, que chegam a cobrar comissões de 15% aos promotores construtores. Ou seja estas comissões vão agravar o nosso deficit na balança de pagamentos, na medida que estamos a importar e a pagar serviços ao estrangeiro.
Ora o mercado é mais eficaz que medidas por decreto e terá, no médio e longo prazo, as consequências inesperadas ao legislador.
Esta aparente boa medida de agora, será percutora de um prolongamento da apatia do mercado imobiliário de compra-venda de bens imóveis no futuro. Porque nenhum investidor estará disponível para fazer menos-valias quando quiser revender estes imóveis, fruto o investimento realizado por conveniência temporária do Gold-Visa.
Pena é que esta medida não tivesse sido essencialmente dirigida para a indústria, tereia futuramente, resultados muito mais proveitosos na economia Portuguesa, do que medidas com efeitos meramente especulativas.
Mais uma vez as leis em Portugal são feitas aos pontapés, do que pensadas e enquadradas, numa estratégia global para o desenvolvimento da economia portuguesa.

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