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Confederação da Construção e Imobiliário defende nova política de habitação
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A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) considera que a discussão pública, agora iniciada, relativa à “Nova Geração de Políticas de Habitação”– apresentada pelo Governo – é um debate essencial para que se possam reunir os necessários consensos em torno de um domínio estratégico fundamental para o país. “A nova política da habitação é uma necessidade finalmente reconhecida”, sublinha a entidade.

O presidente da CPCI, Reis Campos, relembra, em comunicado, que “há bem pouco tempo, as breves referências aos problemas da habitação que chegavam às páginas dos jornais incluíam, na sua maioria, frases como 'casas a mais', entre outras”, acrescentado que “a questão da reabilitação urbana começou a ganhar espaço mais cedo, mas a adoção de uma verdadeira política de habitação, com uma visão global e integrada, tardou".

Segundo a confederação, mais de um milhão de casas em Portugal necessitam de obras, incluindo-se aqui 200.000 edifícios que carecem de intervenções profundas. “Cerca de 480 mil famílias vivem em alojamentos sobrelotados e o país possui apenas uma habitação social para cada 16 portugueses em risco de pobreza”, revela. “O próprio Governo identifica a necessidade urgente de 30 mil casas para pessoas com maiores dificuldades económicas. Mas os constrangimentos no acesso à habitação estendem-se também à classe média, em especial aos jovens. É necessário criar um verdadeiro mercado do arrendamento, mas ainda somos o segundo país europeu onde este tem menor peso”, lê-se no documento.

“Não podemos criar entraves”

Reis Campos apela aos consensos. “A tributação dos stocks de habitação em sede de IMI, a que se veio agora somar o AIMI, é um exemplo de uma medida que, na prática, atinge de forma injusta e gravosa quem decidiu investir neste mercado, que continua a ser afetado por impostos que não fazem qualquer sentido. As ameaças ao Regime de Residentes Não Habituais, ao Alojamento Local, a paralisação do Programa dos Vistos Gold, são tudo questões que deverão ser consensualizadas”, alerta o líder da CPCI. "[Isto] sob pena de se criar um clima que poderá colocar em causa a tão necessária confiança dos investidores", conclui.

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