
Ao rubro, em altas, a ferver. Mais expressões houvesse para caracterizar a rainha do imobiliário: a reabilitação urbana. Continua a agitar e a animar o setor da construção, atraindo investimento de várias frentes. O Governo não tem dúvidas: quer que a reabilitação passe a ser a regra, e não a exceção. Quer isto dizer que a reabilitação urbana, que segue e soma (investimento), está e estará na ordem do dia: a moda veio mesmo para ficar.
Até final do ano foram muitas as notícias relacionadas com investimentos de reabilitação urbana. Primeiro a Habitat Invest, que disse ter 100 milhões de euros para aplicar. Depois o Santander Totta, com 548 milhões em carteira, também disponíveis para o financiamento deste tipo de projetos. E ainda um fundo ibérico, também com 100 milhões para investir em Portugal. E estes são apenas alguns exemplos.
O Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE), por outro lado, continua... a “ganhar forma”. Já foi lançado há mais de um ano, em abril de 2016, mas ainda não entrou em funcionamento. Este fundo especial de investimento imobiliário – um dos programas que compõem a Nova Geração das Políticas de Habitação do Governo – quer recuperar imóveis nos centros das cidades e colocá-los no mercado de arrendamento com rendas mais acessíveis. Esteve quase para arrancar em outubro... mas agora já só em 2018.
Segmento reúne várias fontes de apoio
Apoios à reabilitação? Não faltam. Vejamos o caso do prometido Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU 2020), ativado em dezembro de 2016 pelo Governo. Este é um fundo que reúne 703,2 milhões de verbas públicas e privadas: 103 milhões provenientes do Portugal 2020, uma contrapartida pública nacional de 20 milhões de euros, 500 milhões negociados com o Banco Europeu de Investimento (BEI) e 80 milhões negociados com o Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa.
Entretanto, e logo em fevereiro, o Governo lançou um concurso para encontrar os parceiros financeiros do fundo. Eis os bancos escolhidos. Mas só em novembro é que foram lançadas as candidaturas. Sabias que já te podes candidatar ao IFRRU 2020?
Também o programa “Reabilitar para Arrendar - Renda Acessível”, que entrou em vigor há dois anos e meio, já acompanhou 91 processos, com a reabilitação de 258 habitações. Em março era dada a notícia de que 359 casas seriam colocadas no mercado com rendas condicionadas. Mês em que decorreu a IV Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, e onde Fernando Medina e António Costa discursaram, aproveitando o momento para reforçar a importância do investimento na reabilitação das cidades.
E por falar em cidades, Lisboa e Porto continuaram no centro das atenções. Na capital a reabilitação já está a crescer para fora do centro, onde já restam poucos edifícios para intervir, e na Invicta o investimento continua ao rubro, igualmente. Até a taxa turística serviu para financiar vários projetos.
A reabilitação urbana manteve uma trajetória positiva (e ascendente) ao longo do todo ano de 2017 e está a conseguir reforçar a tendência de crescimento. De acordo com o barómetro da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), a atividade registou um aumento de 4,3% em novembro, pelo que o ano terminará em altas, ao rubro, a ferver.
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